As cinco regiões do país empregaram mais do que demitiram no mês de agosto, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado neta quinta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho. É a primeira vez que isso ocorre em 2017. No entanto, no Espírito Santo, foram 2.847 desligamentos a mais que admissões.
O Estado foi um dos oito com saldo negativo na abertura de novos empregos no mês passado, junto com Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amapá, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Pará e Rio Grande do Sul. No ES, foram registrados 28.211 desligamentos, contra 25.364 admissões.
O Nordeste foi a região que registrou a maior abertura de vagas (19.964). De acordo com o coordenador-geral de Estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, isso se deve às contratações na agricultura na região, somado ao movimento geral do comércio e serviços. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que participaria da coletiva, não chegou a tempo porque seu voo de São Paulo a Brasília atrasou.
Das 27 unidades da federação, 19 registraram saldo positivo. São Paulo e Santa Catarina foram os Estados com melhor desempenho, com saldo de 17.320 e 6.130 respectivamente.
Setores
Cinco dos oito setores de atividade econômica tiveram crescimento no nível de emprego em agosto. Destacaram-se:
Serviços: +23.299 postos (+0,14%);
Indústria de Transformação: +12.873 postos (+0,18%);
Comércio: +10.721 postos (+0,12%);
Construção Civil: +1.017 postos (+0,05%);
Administração Pública: +528 postos (+0,06%).
Apenas três setores tiveram reduções:
Agricultura: -12.412 postos (-0,75%);
Serviços Industriais de Utilidade Pública: -434 postos (-0,11%);
Indústria Extrativa Mineral: -135 postos (-0,07%).
O crescimento no setor de serviços foi puxado pelos subsetores de Ensino; Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários; Administração de Imóveis, Valores Mobiliários e Serviços Técnicos Profissionais.
Na Indústria de Transformação, 8 dos 12 subsetores apresentaram resultados positivos, com destaque para a Indústria de Produtos Alimentícios e Bebidas; Têxtil e de Vestuário; Metalúrgica; a Materiais de Transporte; e Madeira e Mobiliários.
O bom desempenho do Comércio é explicado pelo crescimento do Comércio Varejista, com destaque para as áreas de Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, principalmente Produtos Alimentícios – Hipermercados e Supermercados; Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos para Uso Humano e Veterinário; e Comércio de Peças e Acessórios para Veículos Automotores.
Na Construção Civil, o saldo positivo foi impulsionado por Construção de Rodovias e Ferrovias; Instalações Elétricas; e Obras de Terraplenagem.
Já a Agricultura teve uma redução em agosto, devido às quedas nos subsetores de Cultivo de Café e Atividades de Apoio à Agricultura. Por outro lado, houve crescimento no número de novas vagas nos cultivos de Plantas de Lavoura Temporária não Especificadas; Frutas de Lavoura Permanente, exceto Laranja e Uva; e Cana-de-Açúcar.