Economia

"Este ano vai entrar para a história como o das privatizações e concessões", diz Adolfo Sachsida durante encontro Folha Business

Secretário defendeu modelo de planejamento econômico realizado via mercado, pautado por conjunto robusto de agendas que visam a facilitar negócios

Foto: Reprodução

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou durante o 3º encontro Folha Business, que 2021 vai ficar marcado como o ano das privatizações e concessões. 

“Temos Correios, Eletrobrás, vem aí o 5G, várias concessões de aeroportos e portos estão avançando”, lembrou. 

Segundo ele, este boom está sendo possível em razão de um modelo de planejamento econômico realizado via mercado, pautado por um conjunto robusto de agendas que visam a facilitar negócios, diminuir a burocracia, além de aumentar a segurança jurídica, previsibilidade e o investimento privado. 

O membro da equipe econômica do governo federal também saiu em defesa de medidas adotadas pelo Ministério da Economia que, segundo ele, não priorizaram as “grandes manchetes”.

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“Nós economizamos R$ 20 bilhões nos últimos cinco anos só com a redução do funcionalismo público. Nossa política econômica não é a dos grandes anúncios, não é a politica econômica de um único grande jogador, e sim de um time”, defendeu. 

Durante sua participação no evento, Adolfo Sachsida ainda reforçou que o Brasil foi um dos únicos do mundo a aprovar uma legislação para limitar os gastos do governo federal durante a pandemia. 

“O governo e o Congresso Nacional aprovaram uma legislação que impedia que o dinheiro que mandamos para os estados fossem usados para o aumento de salário de funcionário público. Estamos indo para três anos sem reajuste de salário do funcionalismo”, destacou. 

“VAMOS CUMPRIR O TETO DE GASTOS”, DIZ ADOLFO SACHSIDA 

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia foi questionado se o governo federal vai cumprir o teto de gastos. O tema é alvo de preocupação de alguns especialistas, que defendem que o risco de extrapolar o teto em 2021 é grande. 

Sachsida foi categórico ao responder. “Com certeza. Não tem nem conversa isso. O teto de gastos é a garantia e você ancora expectativas que a trajetória de inflação, os juros futuros e o risco país vão cair, que o investimento privado vai aumentar, que a taxa de juros vai ficar baixa e isso vai gerar emprego e renda para o brasileiro. Tão difícil quanto aprovar o teto é mantê-lo, e nós estamos mantendo”, afirmou. 

3º ENCONTRO FOLHA BUSINESS

O evento, realizado na última sexta-feira (6), no Centro de Convenções de Vitória, reuniu grandes lideranças empresariais e políticas do Espírito Santo e do Brasil. 

Participaram dos debates o deputado federal Felipe Rigoni (PSB); o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL); o deputado federal Tiago Mitraub; o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); e o fundador e presidente da Apex Partners, Fernando Cinelli; 

O encontro busca incentivar a economia empreendedora, debater melhorias para o ambiente de negócios no Espírito Santo e no Brasil, além de colaborar para a tomada de decisões do empresariado capixaba.