Economia

EUA confirmam corte em cota de importação de aço semiacabado do Brasil

As cotas para outros tipos de produtos de aço do País foram mantidas, assim como as cotas impostas sobre o aço mexicano

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O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) confirmou nesta segunda-feira, 31, a redução da cota de importação isenta de tarifas de aço semiacabado do Brasil, de 350 mil toneladas métricas para 60 mil toneladas métricas até o fim de 2020. As cotas para outros tipos de produtos de aço do País foram mantidas, assim como as cotas impostas sobre o aço mexicano.

A magnitude do corte foi adiantada no sábado pelo presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). No mesmo dia, o Ministério da Economia e o Itamaraty emitiram nota conjunta comunicando a redução, sem especificar volumes.

De acordo com o USTR, a mudança responde aos impactos da crise do novo coronavírus sobre os produtores de aço americanos. Uma nova rodada de conversas entre as partes ocorrerá em dezembro, de acordo com o USTR, para ficar a cota para 2020. “Neste momento, esperamos que as condições de mercado tenham melhorado”, pontua o órgão em comunicado.

Na nota, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, agradeceu ao ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pelo que chamou de “diálogo construtivo”. “As discussões entre os Estados Unidos e o Brasil sobre o fortalecimento de nossas relações comerciais para o futuro estão indo bem. Nossas conversas bem-sucedidas sobre este assunto comprovam o valor do envolvimento sincero e de boa fé entre os parceiros comerciais”, diz Lighthizer.

México

A cota de importação para todos os tipos de aço mexicano, ao contrário do brasileiro, não sofreu alteração por parte do governo americano. Segundo o comunicado, Washington vai consultar o país latino em dezembro de 2020, para discutir o setor à luz das condições de mercado da época.