Segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, os assaltos a caminhões triplicaram de 2000 a 2016 naquele estado. Somente este ano, 24 caminhões, em média, são roubados por dia. Um total de 706 quilômetros divide o Rio do Espírito Santo. Apesar da “proximidade”, o estado capixaba vive uma realidade totalmente contrária de seu vizinho. Segundo dados da Delegacia de Roubo a Cargas, entre janeiro e junho deste ano, foram 42 ocorrências deste tipo de crime – contra 58 registradas no mesmo período do ano passado.
Além de representantes das polícias Militar, Civil, Rodoviária Federal e Federal do Espírito Santo, o evento terá a participação do o assessor de Segurança da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), coronel Paulo Roberto de Souza, e o diretor de Segurança do Sindicarga (Sindicato das Empresas do Transporte de Cargas e Logística do Rio de Janeiro), coronel Venâncio Moura, que tem sofrido na pele toda essa problemática.
Em suas respectivas palestras, Souza apresentará o cenário nacional do problema e elencará as medidas institucionais em voga para seu enfrentamento, e Moura mostrará o que o estado do Rio vem fazendo para conter o avanço do crime.
“Temos, hoje, várias maneiras de conseguir sufocar o roubo de cargas. Além das operações que realizamos, nosso sistema de inteligência monitora a migração de assaltantes, existe o trabalho de integração entre polícia, secretaria de Estado de Segurança Pública, Transcares e outras entidades, que permite troca de informações, cursos de capacitação de nossos policiais, a nova legislação capixaba (Lei 10.638/2017), que dificulta o escoamento de cargas roubadas, o fato de nossas comunidades serem pequenas e dificultarem que caminhões sejam escondidos. Enfim, várias são as ações que estão surtindo o efeito desejado, ou seja, a queda nos números de casos”, enumerou Abdala, que esteve à frente de três grandes ações nos últimos meses.
Apesar de tanto trabalho e do sucesso nas ações, o delegado e o superintendente do Transcares, Mario Natali, têm uma preocupação em comum: evitar a migração de crimes, principalmente os oriundos dos estados limítrofes com o Espírito Santo. Isso, portanto, justifica as atenções sempre tão voltadas para o assunto.
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