Economia

Ex-funcionários e credores da Itapemirim vão entrar com recurso contra decreto de falência

A viação, uma das referências em transporte rodoviário no País, estava em recuperação judicial desde 2016

Foto: Divulgação

A Associação de Ex-funcionários e Credores do Grupo Viação Itapemirim (AEFCGVI) informou, por meio de nota, que vai entrar com recursos cabíveis contra a falência da empresa, decretada nesta quarta (21), pela 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.

> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas pelo WhatsApp? Clique aqui e participe do nosso grupo de notícias!

A nota afirma que o decreto de falência “causou estranheza a associação” e que a decisão “não faz justiça, indo de encontro a decisão soberana da recente Assembleia Geral de Credores que optou pelo afastamento da gestão anterior, com a nomeação de um novo gestor judicial de confiança do juízo, o qual já apresentou um novo plano de recuperação judicial para ser levado ao crivo dos credores para aprovação ou rejeição”.

“Salientamos que esta Associação, indignada com arbitrária decisão, através de seu corpo jurídico apresentará os recursos cabíveis no intuito de reformar a mesma. Ainda, acredita que diversos credores das variadas classes também apresentarão os recursos cabíveis contra a r. sentença proferida, nos mesmos moldes que esta Associação o fará”, diz um trecho da nota.

Decreto de falência

A decisão, proferida pelo juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, atendeu a um pedido do banco Bradesco, um dos credores da companhia. 

A viação, uma das referências em transporte rodoviário no País, estava em recuperação judicial desde 2016. O negócio foi alvo de diversas polêmicas, incluindo brigas entre sócios e administradores, nos últimos anos.

Um dos capítulos mais comentados nos últimos tempos foi quando a companhia, mesmo estando em recuperação judicial, conseguiu a autorização para montar uma empresa do setor aéreo, a ITA, mesmo em meio à pandemia de covid-19, um dos momentos de maior crise para o segmento.

Depois de anos em gestação, o negócio ficou no ar somente por cinco meses, entre acusações de atrasos de salário e de outros direitos de trabalhadores. No fim de 2021, pouco antes do Natal, a empresa cancelou subitamente seus voos, deixando milhares de passageiro sem atendimento.

Leia também: Empresa de transporte por aplicativo demite cerca de 100 funcionários