O número de exportações do agronegócio no Espírito Santo em 2023 teve um crescimento de 25.3% em comparação ano anterior. Em 2023 foram arrecadados mais de U$ 2,1 bilhões ou R$ 10, 5 bilhões; contra U$ 1, 7 bilhões em 2022.
De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), foram exportados mais de R$ 2, 5 milhões de toneladas de produtos, o que representa um crescimento de 12%.
Durante o ano de 2023, três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba – complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino – representaram 92,6% do valor total comercializado.
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Ainda segundo a Seag, a maior variação positiva no valor comercializado foi para o gengibre, seguido por café cru em grãos, carne bovina, celulose e café solúvel. Veja a tabela.
Gengibre: + 98, 3%
Café cru em grãos: + 58, 5%
Carne bovina: +58,1%
Celulose: +12,4%
Café solúvel: +9,6%
Mamão, peixes e chocolates em queda
Apesar das boas notícias, houve queda considerável em outros produtos, como carne de frango, peixes, mamão, pimenta do reino, chocolates e preparados com cacau e álcool etílico. Veja a tabela.
Carne de frango: – 41, 7%
Peixes: – 40, 6%
Mamão: – 12, 3%
Pimenta-do-reino: -7,9%
Chocolates: – 5,2%
Álcool etílico: – 3,7%
A Seag informou que em relação ao volume comercializado, houve variações positivas para o café cru em grãos, com +104,7%, seguido por carne bovina, com +63,9%. Em terceiro lugar ficou a pimenta-do-reino, com +6%, assim como a celulose.
Por outro lado, houve quedas consideráveis nas exportações de carne de frango, com -46%, peixes com -46%, mamão com -24,2%.
O gengibre teve exportação -9,3% em relação ao ano anterior, o álcool etílico teve redução de -8,5%. Chocolates e preparados com cacau foram -7,3% menos exportados e o café solúvel ficou -5,2% abaixo em relação a 2022.
O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, comemorou os números de exportação e relatou que os produtos capixabas foram enviados para 130 países no decorrer do ano passado.
“Ultrapassamos a marca dos US$ 2,1 bilhões em divisas com as exportações do agronegócio capixaba em 2023 e nossos produtos foram enviados para 130 países, alcançando o melhor resultado desde 2011. Além disso, a participação relativa do agronegócio nas exportações totais do Espírito Santo no último ano foi de 22,4%, desempenho superior a 2022, quando a participação relativa foi de 18,6%. Esses dados mostram como estamos avançando com competitividade no cenário internacional”, disse.
Durante o último ano, dez produtos se destacaram no valor comercializado, o complexo cafeeiro foi o líder absoluto de exportações, somando U$ 1 bilhão, ou 48,4% do total.
Em 2023 a exportação de café conilon que mais que triplicou o volume de sacas exportadas no último ano. Segundo dados do Centro de Comércio do Café de Vitória (CCCV), com 4 milhões de sacas, contra 1,2 milhões no ano anterior.
“O complexo cafeeiro foi o grande destaque das exportações do agronegócio, consolidando o principal arranjo produtivo agrícola como o primeiro em geração de divisas, superando e muito as exportações de celulose. E o café conilon, presente em cerca de 50 mil propriedades rurais capixabas, foi o grande responsável por impulsionar esse resultado, visto que essa espécie representa mais de 77% do volume exportado do complexo cafeeiro do Espírito Santo. De todo o café conilon exportado pelo Brasil, cerca de 85% têm origem capixaba”, afirmou Bergoli.
Os demais produtos foram celulose com US$ 775,5 milhões (36,3%), pimenta-do-reino com US$ 167,6 milhões (7,9%), gengibre com US$ 37,6 milhões (1,8%), mamão com US$ 21 milhões (0,99%), carne bovina com US$ 20,5 milhões (0,96%), chocolates e preparados com cacau com US$ 15,7 milhões (0,74%).
Houve também exportações significativas de álcool etílico com US$ 14,3 milhões (0,67%), carne de frango com US$ 9,7 milhões (0,46%) e peixes com US$ 6,2 milhões (0,29%).
O Espírito Santo também foi o estado maior exportador brasileiro de pimenta-do-reino, gengibre e mamão, com a participação em relação ao total nacional de 66%, 57% e 40%, respectivamente.
Gengibre ultrapassa o mamão
Pela primeira vez a exportação de gengibre superou a de mamão, com receita de 37, 6 milhões de dólares no ano passado, contra 21 milhões de mamão. No ano anterior, foram 24 milhões da fruta, contra 19 milhões de gengibre.
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