A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES) e o Governo do Estado estão em reunião na tarde desta quarta-feira (15) para discutir uma uma possível reabertura do comércio no Espírito Santo.
Segundo a assessoria de imprensa da Fecomércio, a entidade está apresentando um plano de ação com medidas para o breve retorno das atividades comerciais ou flexibilização de horários com segurança para a saúde de todos, devido à pandemia do novo coronavírus.
Ainda de acordo com a assessoria, na última reunião, foi levantada a questão sobre as especificidades das medidas em cada município. Já que os centros comerciais são diferentes no interior e na Grande Vitória, relacionando com os casos locais.
Em nota, a Fecomércio já havia divulgado que, diante da nova prorrogação do fechamento do comércio capixaba até o dia 19 de abril, decretada pelo Governo do Estado, a entidade está preocupada em relação aos empregos do setor que se transformam em inevitáveis demissões em frente aos prejuízos dos empresários. A estimativa é que 30 mil trabalhadores foram demitidos e outros 20% devem desligados durante essa semana.
O setor já calcula perdas de R$ 1,3 bilhão nas vendas, considerando da data do início do impedimento de abertura dos estabelecimentos comerciais no dia 21 de março até o dia 7 de abril, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os prejuízos após essa data ainda não foram calculados.
Dentre todo o comércio Estado, 78% estão fechados. E os estabelecimentos que permanecem abertos, como o varejo alimentício e as farmácias, considerados essenciais, percebeu-se a queda no movimento de clientes em cerca de 35%.
Apesar da tentativa de vendas pela internet, a receita advinda desse modelo não foi capaz de preencher a queda das vendas do consumo presencial. Além das perdas já citadas, soma-se a isso o efeito da retração da renda dos consumidores, como daqueles que trabalham por conta própria, por comissões ou trabalhadores informais.
O isolamento social, que levou ao decreto para fechamento do comércio, é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em todo o mundo.