Economia

Ferrovia e porto no ES são autorizados a exportar milho para a China

Produtores e distribuidores de milho do país poderão escoar produção pelo terminal de Tubarão, no Espírito Santo

Locomotiva da VLI: habilitação vai permitir escoamento da produção de milho do interior do país para porto do ES. Crédito: Divulgação
Locomotiva da VLI: habilitação vai permitir escoamento da produção de milho do interior do país para porto do ES. Crédito: Divulgação

O complexo portuário do Estado agora pode ser a porta de saída do milho brasileiro para a China. A VLI, companhia logística que opera ferrovias, portos e terminais, conseguiu habilitação para exportar milho ao mercado chinês pelo Espírito Santo. Será por meio do Terminal de Produtos Diversos (TPD), no Porto de Tubarão

A habilitação possibilita acesso ao maior mercado importador de milho, a commodity agrícola, no mundo. Será por meio do Corredor Leste da companhia.

Nesse sentido, a via liga o Triângulo Mineiro aos portos capixabas por meio da Ferrovia Centro-Atlântica e a Estrada de Ferro Vitória a Minas. A primeira controlada pela VLI e a segunda pela Vale, mas por onde as composições da VLI trafegam por direito de passagem. 

Para atender essas condições, o terminal de Tubarão foi submetido a um processo de cadastro junto ao Sistema de Gestão Agropecuária do Ministério da Agricultura. Essa etapa abrangeu o registro completo do terminal como armazém portuário para a exportação de milho à China.

O processo incluiu ainda documentações como o Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e o sistema de monitoramento de micotoxinas, bem como da presença de resíduos de agrotóxicos dos grãos de milho armazenados.

Do mesmo modo, a habilitação exigiu adequações e treinamentos para os colaboradores do terminal, a fim de assegurar conformidade com os padrões chineses. 

“A qualidade dos grãos exportados é uma premissa fundamental para a VLI. Desde o recebimento até o embarque, são monitorados rigorosamente todos os parâmetros exigidos pelos órgãos fiscalizadores, bem como pelos contratos internacionais. Tudo para garantir o controle efetivo das operações e assegurar que a carga chegue com segurança e qualidade aos mercados mais exigentes do mundo, como o chinês”, disso o diretor de Operações do Corredor Leste da VLI, Daniel Schaffazick.

Além do milho

A VLI movimenta, pelo Espírito Santo, cargas como grãos, farelo, fertilizantes, celulose, além de insumos e produtos acabados da indústria siderúrgica.

Por meio do Corredor Leste, a companhia transporta anualmente cerca de 16,7 milhões de toneladas por ferrovia e movimenta 16,2 milhões de toneladas nos portos capixabas.

Renovação da concessão da FCA

Em paralelo a novas operações realizadas pela VLI nos portos do Espírito Santo, a companhia também aguarda a definição dos termos para a possível renovação antecipada da concessão da FCA.

Nesse sentido, se compromete junto ao Ministério dos Transportes a realizar investimentos de quase R$ 30 bilhões. Desse total, cerca de R$ 10 bilhões serão aplicados na modernização da linha férrea e melhorias de mobilidade urbana.