Por Rafael Breno
Anteriormente, vislumbramos tudo o que a energia solar ainda tem para crescer no Brasil até atingir todo seu potencial, bem como a quantidade de oportunidades que o setor nos reserva em relação à investimentos. Agora, vamos ver algumas vantagens da escolha da energia solar como investimento ao invés dos investimentos convencionais em renda fixa.
Além de ser considerada um investimento de baixo risco, a aquisição de uma usina oferece rentabilidade média de 20% a.a., superior à poupança (~4,38% a.a.) e também a aplicações de renda fixa, como tesouro Selic (~5,22% a.a.) e CDB (~5,63% a.a.). Os principais fatores que garantem o ROI são, principalmente, a redução da conta de energia e o tempo de retorno do investimento. Outra vantagem é que a vida útil do sistema é bem superior ao tempo de retorno do investimento inicial, proporcionando lucro por um prazo bem extenso (aproximadamente 25 anos, tempo de vida útil aproximado de um SFV).
Vamos agora à parte boa: provar, pela matemática financeira, que a rentabilidade média de um SFV realmente pode chegar a patamares de 20% a.a. Tentarei fazer com que essa análise seja a mais fidedigna possível a um caso real, ao mesmo tempo que fique a mais sucinta possível para não nos estendermos. É necessário, ainda, destacar que os valores utilizados podem não representar a realidade, e sim uma média, dada a volatilidade do mercado, que varia de acordo com disponibilidade, situação cambial, políticas econômicas (como ex-tarifários), entre outras coisas.
Inicialmente, consideraremos uma residência de porte médio com consumo médio anual de 1.000kWh/mês. Para a instalação, partiremos do princípio que o telhado está em perfeitas condições, permitindo a instalação do sistema em uma única água e não precisando de uma reforma do padrão de entrada para adequação. O Capex para essa instalação é, em média, de R$45.000,00, considerando custos de homologação, projeto, instalação e equipamentos. Para o OPEX, consideraremos duas trocas de inversores ao longo dos 25 anos de vida útil da usina, custos de manutenção a cada ano, com valor acumulado de R$25.000,00, e custo residual como zero. A energia gerada ao longo dos 25 anos é de 300.000 kWh.
Atualmente, no ES, o valor do kWh para o consumidor regular é de R$0,84, já considerando os impostos. Quase quatro vezes mais caro que o LCOE da usina em questão, que é de 0,233R$/kWh. Agora que temos o custo da energia gerada por essa usina, e já sendo provada que ela é extremamente mais barata que a energia gerada pela concessionária, podemos avaliar o quão rentável será esse investimento.
A TIR (ref. 1% a.m.) é de 1,48%, com payback de 5 anos e 11 meses, sendo que no 10º ano de geração o sistema já terá retornado ao investidor, em forma de economia, aproximadamente R$91.200,00. Esse cenário já é extremamente benéfico somente pelo lado da economia; agora, se dermos um passo maior, considerando que todo esse valor fosse incorporado aos investimentos usuais do proprietário da usina? O tempo para o payback seria ainda menor, e o retorno ao longo dos 25 anos de vida útil do sistema seria alavancado.
Nesse ponto, gostaria de deixar minha contribuição final, afirmando que gerar sua própria energia, além de ser benéfico ao meio ambiente, gera mais empregos, fomenta a economia do país e permite grande economia mensal, além de aumentar os aportes mensais em investimentos para formação de uma renda passiva ou a construção de patrimônio. Aqueles que tem a possibilidade e ainda não investiram em energia solar, estão perdendo dinheiro.