O Espírito Santo é reconhecido por ter uma posição privilegiada geograficamente, o que o coloca como um excelente lugar para atrair investimentos e ser um hub logístico capaz de atender o mercado nacional e internacional. Mas a localização estratégica sem um projeto de desenvolvimento claro e bem articulado não é suficiente.
Por isso, a Findes tem se dedicado e se debruçado cada vez mais sobre temas que vão em direção ao crescimento da Indústria e da economia capixaba, entre eles a infraestrutura, ponto determinante para o Estado e para o país avançarem no quesito competitividade.
Há anos, fazem parte da agenda da Federação a duplicação de rodovias, o estímulo à cabotagem e a construção de novos portos, além da melhoria da malha ferroviária. Mas, mais recentemente, a Findes intensificou o debate sobre uma infraestrutura que pode ser decisiva para o futuro do Espírito Santo: a consolidação do Corredor Centro-Leste, ramal que liga o centro do país ao litoral capixaba.
Para a presidente da Findes, Cris Samorini, fortalecer esse corredor, por meio da combinação de mais investimentos na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e em novos portos, é estimular a eficiência logística e elevar o Espírito Santo e o Brasil a um novo patamar competitivo mundo afora.
Nesse sentido, a Findes tem trabalhado, em conjunto com outras instituições e Poderes, a exemplo do governo do Estado e a bancada federal, para garantir investimentos na própria malha férrea e trazer resultados positivos não só para o Espírito Santo, mas também para outros estados, como Minas Gerais e Goiás, grandes produtores de grãos que poderão ter suas cargas escoadas de forma mais eficiente.
A Findes intensificou e qualificou o debate sobre o tema. Apresentou estudos técnicos robustos e tem atuado de forma contínua e proativa para garantir que a renovação da concessão traga mais desenvolvimento para o Espírito Santo e para o Brasil.
O estudo mais recente, feito pela Fundação Dom Cabral e chamado “Corredor Centro-Leste: Solução Competitiva para a Logística Nacional” mostrou que se forem investidos R$ 2,8 bilhões na FCA, a movimentação de cargas por meio desse corredor logístico será triplicada, saindo da previsão inicial colocada em consulta pública – de 7 milhões de toneladas por ano em 2055 – para alcançar 22 milhões de toneladas anuais já em 2035.
Além disso, com uma infraestrutura de escoamento eficiente e conectada com portos modernos, a previsão é que haja uma redução do custo do frete marítimo em 7,5%. Ou seja, a ligação do litoral do Espírito Santo com o interior do país é urgente e é nisso que a Findes acredita e trabalha para que gargalos logísticos de décadas possam ser superados.
“A dívida do governo federal com o Espírito Santo no campo da infraestrutura é histórica. Nós já demonstramos com todo o rigor técnico o potencial da nossa logística e é com base nisso que esperamos que o nosso futuro seja decidido. Agora, precisamos que todos estejam empenhados para não perdermos a chance de tornar o Espírito Santo um estado com uma economia mais pujante e capaz de gerar riquezas em prol da sociedade”, defende Cris Samorini.
A presidente da Findes complementa que, além dos debates relacionados ao Corredor Centro-Leste, outros temas relevantes para o crescimento do Espírito Santo e do Brasil estão sendo acompanhados de perto pela Federação, como a construção da EF-118. O objetivo é fazer com que mais investimentos sejam realizados nessa linha férrea para que ela não se limite ao município de Anchieta, mas, sim, para que seja capaz de melhorar a infraestrutura de todo o Sul capixaba e conectar o Estado ao Rio de Janeiro.
Cris cita ainda outros exemplos de pautas que são acompanhadas de perto pela Findes, como a inclusão de mais municípios capixabas na Sudene e a continuidade do processo de duplicação do Trecho Norte da BR 101, que ficou travado por anos por questões ambientais.
“Também somos muito ativos no debate das reformas estruturantes, como a tributária e a administrativa. Temos feito inúmeras parcerias estratégicas para melhorar o ambiente de negócios e reduzir o Custo Brasil, além de promover a inovação e a transformação digital. O objetivo é que essas iniciativas sejam capazes de transformar a vida dos capixabas e impulsionar negócios que tragam cada vez mais desenvolvimento para o Espírito Santo”, enfatiza.