Economia

Fipe/Bionexo: preços de medicamentos vendidos a hospitais recuaram 0,55% em maio

A queda nos preços dos medicamentos coincide com a desaceleração da inflação ao consumidor agregada, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

Foto: Divulgação

Após a expressiva alta de 3,57% em maio, os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil registraram em maio recuo de 0,55%, de acordo com o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador desenvolvido pela Fipe em parceria com a Bionexo – healthtech líder em soluções digitais para gestão em saúde.

A queda nos preços dos medicamentos coincide com a desaceleração da inflação ao consumidor agregada, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que em maio fechou mostrando uma alta média de 0,47% ante um avanço de 1,06% em abril. 

Muito da alta da inflação em abril esteve associada ao aumento dos preços dos medicamentos vendidos aos hospitais que, na esteira dos reajustes anuais dos medicamentos (10,89%), autorizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos CMED, foram aumentados em 3,57%.

“Dessa forma, a acomodação reflete um padrão sazonal observado para os preços no primeiro semestre do ano”, afirma Rafael Barbosa, CEO da Bionexo.

LEIA TAMBÉM: >> Economia do ES cresce 4,4% no primeiro trimestre de 2022

Foi apurada uma elevação mensal dos preços nos seguintes grupos de medicamentos considerados na composição da cesta do índice: aparelho geniturinário, de 5,82%; aparelho respiratório, 2,60%; sangue e órgãos hematopoiéticos, 2,33%; sistema nervoso, 1,80%; imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, 1,56%; e órgãos sensitivos, 0,01%.

Por outro lado, contribuíram para a queda mensal no índice os recuos observados nos demais grupos terapêuticos: preparados hormonais, 5,22%; anti-infecciosos gerais para uso sistêmico, 3,60%; aparelho digestivo e metabolismo, 3,60%; sistema musculoesquelético, 1,74%; agentes antineoplásicos, 1,00%; e aparelho cardiovascular, 0,43%.

No acumulado de janeiro a maio, o IPM-H registra uma alta de 4,85% nos preços dos medicamentos, resultado inferior à inflação ao consumidor de 4,78% acumulada pelo IPCA e ao comportamento dos preços da economia brasileira medido pelo IGP-M, de 7,54%.

Por outro lado, ao se adotar uma janela temporal ampliada, os resultados apurados recentemente revelam uma queda 3,92% no IPM-H nos últimos 12 meses encerrados em maio de 2022, divergindo do comportamento dos índices de preço da economia doméstica, a exemplo do que se observa nos casos do IPCA, com alta de 11,73% e do IGP-M, com 10,72%.

Essa queda do índice, segundo a Bionexo e a Fipe, é impulsionada pelos recuos nos preços de medicamentos dos seguintes grupos: anti-infecciosos gerais para uso sistêmico, 22,35%; aparelho cardiovascular, com recuo de 21,67%; sistema musculoesquelético, com queda de 19,96%; aparelho digestivo e metabolismo, recuo de 17,37%; e sistema nervoso, com queda de 15,58%.

Em contraste, foram registrados aumentos nos preços dos grupos dos seguintes grupos: aparelho geniturinário, 25,51%; imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, 15,18%; aparelho respiratório, 14,14%; sangue e órgãos hematopoiéticos,12,81%; órgãos sensitivos,5,55%; preparados hormonais, 2,29%; e agentes antineoplásicos, 1,81%.

LEIA TAMBÉM: >> Economia do ES cresce 4,4% no primeiro trimestre de 2022