Economia

FMI alerta para a maior crise financeira mundial desde 1929

Fundo Monetário Internacional diz que a economia global vai sofrer retração de 3% em 2020 e a recuperação deve aparecer somente no ano que vem, de forma incerta e lenta

Foto: Lorrayne Delaroili Lopes
Ruas de Paris estão vazias com o isolamento social

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta terça-feira (14)  que o mundo deve enfrentar um das fases mais difíceis financeiramente, desde de 1929,  conhecida como a Grande Depressão, que persistiu ao´ longo dos anos 30 e que apenas melhor em 1945. 

A previsão atualmente também não é das melhores. Devido à pandemia do novo coronavírus, a economia global vai sofrer retração de 3% em 2020 e a recuperação deve aparecer somente no ano que vem. Mas, mesmo assim, de forma incerta e lenta.

Segundo entrevista divulgada pelo site UOL, no fim de 2019, a projeção do Fundo para o crescimento da economia mundial em 2020 era de 3,4%, ou seja, o tombo de mais de 6% é muito maior do que o registrado na crise financeira de 2008, por exemplo.

O que vai de acordo com o documento assinado por Gita Gopinath, a economista-chefe do FMI,  que diz que é “muito provável que este ano a economia global experimente sua pior recessão desde a Grande Depressão, superando a vista durante a crise financeira de dez anos atrás”. 

Em entrevista nesta terça-feira, Gita Gopinath afirmou que é possível esperar a retomada no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) mundial na casa dos 5,8% no ano que vem, mas que isso vai depender da implementação de medidas e políticas públicas em cada país.

Ainda de acordo com informações do FMI, a economia brasileira deve ter queda de 5,3% em 2020, com crescimento previsto em 2,9% no ano que vem. No domingo (12), o Banco Mundial já havia divulgado projeções para uma baixa brusca do PIB do Brasil, na casa de 5%.

A economista-chefe do Fundo afirma que a discrepância se dá porque o Brasil “foi atingido por vários choques”, com problemas de baixo crescimento que vêm desde antes da pandemia e “outras crises domésticas”, mas não deu detalhes sobre as projeções do País.

Com informações do UOL