O aumento dos impostos sobre os combustíveis foi decretado nesta quinta-feira e já surtiu efeito nas bombas e no bolso dos motoristas. No dia seguinte ao decreto federal que elevou o imposto sobre os combustíveis, alguns postos da Grande Vitória já mexeram nos preços das bombas. O efeito dominó em outros setores deve vir em seguida segundo os economistas.
A alíquota do pis/cofins sobre combustíveis mais que dobrou. A da gasolina passou de 38 centavos por litro (gc: R$ 0,3816/L) para 79 centavos por litro (gc: R$0,7925/L). O imposto sobre o diesel subiu de 24 centavos (R$0,2480/L) para 46 centavos por litro (gc: R$0,4615/L). O pis/cofins sobre o etanol, que estava zerado, voltou a ser cobrado a 19 centavos por litro. (Gc: R$0,1964/L).
O aumento deve gerar uma receita de 10 bilhões de reais ao governo, que corre para tentar segurar o já negativo déficit das contas, de 139 bilhões de reais até o fim do ano.
“Uma vez assinado o decreto, não é preciso esperar, como ocorre com impostos o período de um ano. Nesse caso a elevação desses tributos surte o efeito imediato e a arrecadação é de melhor controle. O governo consegue maior celeridade para captar esses recursos”, afirma Eduardo.
“Agiram na contra-mão do que precisava ser feito. Esse é o problema central desse aumento de imposto. Aumentou a despesa, ficou o déficit, e agora volta a sociedade que não aguenta mais essa carga tribuária monumental que temos no país, para buscar mais dinheiro na sociedade”, criticou o governador.
Na Grande Vitória, a tarifa dos ônibus é discutida no final do ano. Ainda segundo o governador, o combustível é um dos elementos que influeciam o custo operacional do sistema de transporte público “Há o preço do combustível, o salário do motorista, do cobrador, todos os custos para o funcionamento do sistema. Todos os elementos que inflacionam na sociedade, que aumentam os custos operacionais, acabam sendo passado para a sociedade”, destacou.
“O brasil perdeu competitividade seriamente nos últimos 30 anos. Nós precisamos recuperar esse tempo perdido, principalmente, olhando para a juventude, para as próximas gerações”, disse Paulo Hartung.