De um lado, um vírus novo e ainda pouco conhecido até para os cientistas, e contra o qual, por enquanto, só há o remédio do isolamento social, como orientado pelos órgãos de saúde. De outro, a queda brutal na atividade econômica, que provoca demissões em massa e causa prejuízos em todos os setores.
Diante das incertezas sobre o fim da pandemia do novo coronavírus, o Governo do Espírito Santo e o setor produtivo estão debatendo formas de manter os cuidados contra a transmissão, sem que, para isso, a economia capixaba sofra um colapso.
Nesta semana, já ocorreram duas reuniões no Palácio Anchieta, com representantes das Federações do Comércio, da Agricultura e da Indústria, além do Sindicato dos Comerciários e representantes da Findes. A expectativa é de que, até o próximo sábado (18), o governo anuncie novas medidas.
O vice-presidente da Findes, Luciano Raizer, propôs que o comércio seja reaberto em todo o estado, desde que um rigoroso protocolo seja adotado pelos estabelecimentos para proteger funcionários e clientes. A ideia é liberar os segmentos de vestuário e calçados, móveis e eletrodomésticos, brinquedos, colchões e todos os outros que ainda não foram autorizados a voltarem às atividades.
Ele propõe ainda a criação de horário alternativos de funcionamento para cada setor, a fim de diminuir o fluxo de pessoas e, consequentemente, o risco de contaminação. “As empresas podem se preparar com materiais de higiene, com a redução do fluxo de pessoas até as suas atividades e, com isso, reduzir o risco de contaminação. Mas que possam voltar às suas atividades. É o que nos interessa”, afirmou Raizer.
A produção da TV Vitória/Record TV entrou em contato com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES) para saber o posicionamento com a possível reabertura do comércio, mas até a noite desta quinta-feira a entidade ainda não havia dado um retorno.
*Com informações do repórter da TV Vitória/Record TV, Alex Pandini.
