Economia

Greve dos caminhoneiros causa desequilíbrio em estoques do comércio de SP

Segundo o levantamento, o porcentual de lojas que estão com estoques acima do ideal subiu de 30% para 32,4%, enquanto as que estão com estoques abaixo do normal passaram de 13% para 13,8% na comparação de junho com maio

RJ – COPA DO MUNDO / CARIOCAS / RIO DE JANEIRO – CIDADES – Cariocas compram produtos relacionados à Copa do Mundo 2018 no Pólo Saara (Comércio Popular), no Centro do Rio, nesta terça-feira (12). 12/06/2018 – Foto: MÁRCIO MERCANTE/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
RJ – COPA DO MUNDO / CARIOCAS / RIO DE JANEIRO – CIDADES – Cariocas compram produtos relacionados à Copa do Mundo 2018 no Pólo Saara (Comércio Popular), no Centro do Rio, nesta terça-feira (12). 12/06/2018 – Foto: MÁRCIO MERCANTE/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Como reflexo da greve dos caminhoneiros – que provocou, de um lado, queda das vendas e, de outro, interrupção nas entregas de produtos -, a proporção de lojas com estoques tidos como adequados na cidade de São Paulo caiu de 56,7% para 53,3% na passagem de maio para junho. O porcentual também ficou abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado, quando 54,2% das lojas estavam com os estoques adequados, conforme pesquisa feita mensalmente pela FecomercioSP, entidade que representa o setor, com aproximadamente 600 empresários do comércio no município de São Paulo.

Segundo o levantamento, o porcentual de lojas que estão com estoques acima do ideal subiu de 30% para 32,4%, enquanto as que estão com estoques abaixo do normal passaram de 13% para 13,8% na comparação de junho com maio.

A leitura da assessoria econômica da FecomercioSP é que a paralisação dos caminhoneiros teve dois efeitos diversos sobre o comércio varejista.

De um lado, faltaram produtos em setores vulneráveis a choques de oferta, como alimentos, bebidas e combustíveis. De outro, o movimento grevista prejudicou a confiança do consumidor na recuperação econômica, o que afetou as vendas de bens duráveis como automóveis e eletrodomésticos, elevando os estoques desses produtos.

“Esse resultado exige um exame mais profundo sobre a economia do Brasil e os potenciais riscos pelos quais o País irá passar até as eleições em outubro”, comenta a entidade.