Economia

Hora de cortar gastos para não comprometer orçamento com as contas do início do ano

Janeiro é o mês em que as contas começam a aparecer, como por exemplo, material escolar e matrícula nas escolas dos filhos. Além disso, ainda vem a fatura do cartão das compras de Natal

Economizar em outros gastos pode ser a solução para as contas extras do início de ano Foto: Folha Vitória

O ano de 2015 chegou e com ele os compromissos financeiros se renovam. As contas não tiram férias e é necessário planejamento para pagar impostos, comprar material escolar e renovar a matrícula nas escolas sem prejudicar o orçamento anual. Vale lembrar que é em janeiro que as contas do final de ano começam a aparecer e, se não houve, planejamento para os gastos, ficar com a corda no pescoço é inevitável. 

Além de aumentos nos setores de energia (eletricidade – 24,7% e gasolina – 3%) e de alimentação – a cesta básica da classe média capixaba fechou 2014 custando R$ 1.323,59 – os gastos extras efetuados todo início de ano também foram reajustados: o material escolar está, em média, 8% mais caro que no passado; o reajuste nas mensalidades escolares alcançou 10% de aumento e a correção nos impostos sobre moradias e carros pode ser de até 8,5%.

Agregado a isso, a estimativa do PIB – soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro que serve para medir o crescimento da economia – de 2015 caiu de 0,27% para 0,24%, a menor desde 2009. A taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, poderá chegar a 12% ao ano. Neste cenário, a desvalorização do salário trará ainda mais prejuízos ao consumidor.

Para o economista Antonio Marcus Machado, o ideal para essa situação é se planejar antecipadamente. “Para manter o equilíbrio das contas, é preciso separar pelo menos metade do 13º salário. Ele serve para isso. Mas se não for possível, é necessário abrir mão de outros gastos para encaixar as contas no orçamento e parcelar o mínimo possível; no máximo em três parcelas”, explicou.

A revisão do orçamento, segundo o economista, deve incluir todos os membros da família, “pois todos devem avaliar a prioridade dos gastos”, finaliza Antonio Marcus.