O Horasis Global Meeting vai abrir as portas para 300 interessados em participar das discussões e plenárias deste domingo (27). Com vagas limitadas, os interessados deverão fazer a inscrição pelo link e poderão participar das três plenárias que acontecem das 9h às 12h.
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Os temas são “Promover a unidade sul-americana”, “Criar pontes múltiplas na África” e “Recomendações do B20 para o Horasis Global Meeting”. Entre os palestrantes estão lideranças do Paraguai, Chile, Argentina, Nigéria, Etiópia, Angola e Brasil.
Com o tema “Construindo Pontes para o Futuro”, o Horasis, que está em sua oitava edição, teve início na última sexta-feira, reunindo empreendedores mundiais, ministros e representantes de importantes organizações civis.
E o Espírito Santo pode se beneficiar com sustentabilidade muito mais do que ser apenas considerado referência no tema. Isso por causa dos frutos que o Horasis Global Meeting vem rendendo ao longo dos dois dias de evento.
Entre as sessões que ocorrem simultaneamente e que debatem temas como a disseminação de fake news, passando pela economia global e indo até sistemas de despoluição, ocorrem os contatos. Grandes empresas e representantes globais de entidades acabam vendo no Espírito Santo uma oportunidade de investimento.
“O Horasis também é uma oportunidade de gerar negócios. Muitos dos visitantes que estiveram por aqui se encantaram com o Estado. Uma empresa indiana já manifestou interesse em se instalar aqui, no Norte do Estado, na região da Sudene. É uma startup que desenvolve defensivos agrícolas sem impacto ambiental”, disse o governador Renato Casagrande. Ele fez uma série de reuniões ao longo da manhã e início da tarde no evento.
Outro que exaltou a capacidade de o Horasis Global Meeting de Vitória gerar negócios foi o secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni. “Temos notícia de que cinco empresas chinesas manifestaram interesse em se instalar no Norte do Estado, na área da Sudene”, disse o secretário.
Centro Global de ESG
Vitória e o Espírito Santo podem se tornar um centro global de ESG. É assim que pensa o organizador do Horasis Global Meeting, Frank Richter. A marca do evento, que já é reconhecida em outras partes do mundo, pode ser uma ligação do Estado com o restante do globo.
“Muitas pessoas nos perguntam por que no Brasil e por que aqui no Espírito Santo. O Brasil, é claro, é uma escolha evidente: é uma economia em crescimento, faz parte do BRICS e está muito engajado com os países do Sul Global. O que chamamos de ‘capixaba’, passa a ser a mentalidade, o caráter das pessoas e também a dedicação ao desenvolvimento econômico por um lado e ao ESG, por outro. Uma combinação perfeita”.
Fake news
Em uma das sessões do evento, “Combatendo a Desinformação”, os palestrantes falaram sobre a onda de fake news, como elas atrapalham a sociedade e pontuaram alguns itens que geraram discussões.
A presidente do Institute for Public Relations, Tina McCorkindale, chamou atenção para o uso político de meios de informação e ainda citou o fato de uma cidade da Califórnia ter ficado duas semanas sem conexão de internet durante um período político. “Um exemplo de como a manipulação da informação pode atrapalhar o processo democrático”.
O criador do termo ESG, Paul Clements, pontuou que as fake news mais perigosas são aquelas que partem das próprias instituições, pois distorcem a realidade e causam prejuízos.
“Agora existem mecanismos regulatórios do governo para evitar esse tipo de coisa, mas no âmbito político, o que acaba levantando a questão. Quero abordar o ângulo regulatório aqui. Qual é o papel dos governos na criação de legislações? Talvez prevenir avaliações falsas de produtos, ou até mesmo políticos mentindo? Porque os políticos não vão se autorregular. Isso é como pedir ao lobo que tome conta das ovelhas”.
Durante a plenária “Sem água, sem negócios”, a presidente do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, citou um número que alerta sobre o desperdício de água:
“A meta é de que a perda da água seja de no máximo 25% em 2030, mas hoje a média de perda de água tratada é de cerca de 37%. Números que representam um desperdício não só da própria água como também do dinheiro gasto com o tratamento”.
No Espírito Santo, a perda chega a 40%, número que a Cesan quer diminuir com o volume de investimentos que faz.
“Estamos no ciclo de maior investimento em saneamento do Estado e vamos melhorar nossos índices antes até do que determina o marco do saneamento”, disse Munir Abud, presidente da Cesan que também participou do painel.