*Artigo escrito por Pedro Henrique Mariano, MBA em Controladoria e Finanças, consultor e executivo de Controladoria, Planejamento, Finanças, Orçamento, Resultado e Processos e membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Economia do IBEF-ES.
A sociedade moderna estabelece um ritmo de desenvolvimento cada vez mais acelerado, enquanto as tecnologias avançam para dar suporte ao crescimento populacional.
A demanda e o consumo dos recursos naturais escalam progressivamente, o que mostra a necessidade da manutenção dos meios de produção e da cadeia alimentar, fazendo com que esse ciclo se estabeleça de forma sustentável.
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No cenário brasileiro, reformas estruturais são importantes para construir um cenário favorável para os negócios, permitindo, então, o aumento de produtividade.
Essa melhora se dá quando as propostas rumam para uma administração pública mais eficiente e com uma regulamentação mais simplificada. O resultado consiste em investimentos que fomentam o empreendedorismo e impulsionam o crescimento econômico.
Porém, uma alocação adequada dos recursos financeiros é de grande relevância para o poder público dar um passo significativo na busca pelo equilíbrio das despesas, enquanto encontra meios para aumentar a receita.
Dessa forma, é possível elencar alguns dos temas centrais para a edificação do futuro do Brasil.
Brasil e os pilares do desenvolvimento
A infraestrutura é essencial como base do desenvolvimento econômico, dado que a melhora dos sistemas energéticos, dos meios de transporte e das redes de distribuição de água e saneamento básico pode aumentar a produtividade enquanto promove o desenvolvimento regional.
Tecnologia e inovação têm o potencial de alavancar a competitividade interna do país, assim como no cenário internacional.
Incentivar cada vez mais as empresas tradicionais e as startups pode criar um ciclo positivo de investimentos à medida em que os resultados do fomento vierem à tona.
O agronegócio brasileiro é destaque em nível global e, segundo relatório de 2023 do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), é possível verificar que o setor projeta representar 25% do PIB, incluindo o consumo interno e os negócios realizados com os principais destinos das exportações: China, Europa e os Estados Unidos.
“Apesar do ambiente interno ainda agitado, tendo em vista a mudança dos gestores políticos, a moeda nacional sofreu alguma volatilidade, mas, em termos reais, o resultado do período somado à alta no faturamento em dólar, contribuiu para que o faturamento em Reais crescesse”, informa o portal CEPEA.
Reforçando a importância do Brasil no mundo, publicado pelo Banco Mundial em 2023, o “Relatório sobre clima e desenvolvimento para o país” apresenta uma análise profunda sobre os desafios e as oportunidades que aqui residem.
Em conclusão motivadora, o estudo sinaliza que o país “tem uma oportunidade privilegiada de alcançar o crescimento econômico mais forte e inclusivo, construir resiliência às mudanças climáticas e conseguir zerar as emissões líquidas até 2050.”
Porém, todos os temas relacionados possuem uma solução em comum: Educação.
Desenvolver o capital humano, promovendo a educação em todos os níveis, implica em colocar o assunto no topo das prioridades, com investimentos estruturados e massivos.
Essa é uma forma de tratar, na origem, todos os demais temas com a visão que são as pessoas que constroem uma nação.
Ainda, a educação deve ser tratada como elo de conexão entre o mundo acadêmico, o mercado de trabalho e o poder público, potencializando a capacidade produtiva de todos os demais setores da economia.
O brasileiro é o caminho do futuro
Em 2023, o Banco Mundial (World Bank) atualizou o Diagnóstico Sistemático do País (Systematic Country Diagnostic), apontando o que entende serem os quatro maiores desafios do Brasil para o desenvolvimento:
1. Criar oportunidades para todos: impulsionando a produtividade em uma economia competitiva;
2. Estratégia centrada nas pessoas: educando a população como meio de combater as desigualdades sociais;
3. Destravar o potencial da economia verde: evitando impactos nos setores do agronegócio e de energia, intensificando cuidados ambientais;
4. Crescimento por meio de um marco sustentável: baseado em gastos mais eficientes, impostos mais adequados e um regime fiscal sólido.
O melhor do Brasil é o brasileiro e a crença de que o país “tem jeito” deve sobrepor os desafios socioeconômicos, principalmente porque educação é investimento de médio e longo prazo.
Discutir o tema educação é falar de futuro, pois, mesmo quando é necessário tratar assuntos imediatos e legados, os investimentos sempre serão plantio hoje para colheita amanhã.