*Artigo escrito por Felipe Valfré, CEO da Smart Angels, advogado especializado em startups e investimentos em inovação. Membro do Comitê Qualificado de Conteúdo em Inovação e Tecnologia do IBEF-ES; e Alessandro Coutinho Ramos, pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UVV. lider do Comitê Qualificado de Conteúdo em Inovação e Tecnologia do IBEF-ES.
Na era digital, a inovação transcendeu o status de diferencial e consolidou-se como estratégia essencial para as corporações. No mundo, as corporações estão em uma corrida contínua para se manterem no topo, e para isto, sempre se ajustando às novas tendências e antecipando os desafios.
Dentro dessa dinâmica, as instituições de ensino superior surgem como aliadas cruciais.
O panorama de negócios atual aponta para uma intersecção de objetivos, enquanto empresas perseguem soluções para alavancarem seus negócios, o ambiente acadêmico, sustentado por pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), posiciona-se na linha de frente do conhecimento e desenvolvimento de tecnologia.
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Quando se observa os padrões de investimento em PD&I das corporações nos EUA, fica claro que a maioria dos fundos provém de recursos próprios, especialmente das grandes corporações, principalmente na modalidade de cooperação que resulta em uma colaboração produtiva.
Os investimentos próprios das corporações em PD&I totalizaram US$ 317,7 bilhões. Dados do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) mostraram que mais de 12% desses recursos foram direcionados para colaborações com outras empresas, sendo o setor farmacêutico o líder em PD&I cooperativo.
Parcerias estratégicas e PD&I Cooperativo: impulsionando a inovação
Mais do que simples colaboração, as parcerias entre corporações e instituições de ensino superior, especialmente em iniciativas de PD&I Cooperativo, podem ser consideradas uma combinação perfeita.
Esta conexão não apenas promove uma colaboração mais profunda e compartilhada em pesquisa e desenvolvimento, mas também acelera o ritmo da inovação, culminando em soluções mais eficazes e práticas para os desafios contemporâneos.
Instituições de ensino superior: o berço da disrupção
Muitas das startups mais inovadoras e empreendedores visionários têm suas raízes no ambiente acadêmico. Estas instituições são incubadoras naturais para ideias revolucionárias e soluções disruptivas.
Para as corporações, associar-se a esses ambientes é se conectar com mentes brilhantes e se preparar para o próximo grande avanço do mercado.
Cocriação e PD&I Cooperativo: avançando juntos
O modelo de cocriação ainda é pouco explorado, especialmente quando combinado com PD&I cooperativo.
Ao investir e cocriar com instituições acadêmicas, as corporações não só apoiam ideias inovadoras, mas também se inserem em uma malha interconectada de conhecimento e inovação.
Esta abordagem conjunta potencializa vantagens competitivas e pavimenta o caminho para novas oportunidades de mercado.
Investindo no futuro: impacto mútuo e sustentabilidade
A contribuição das corporações não se limita apenas ao financiamento e cooperação com outras corporações.
Com a ajuda de fundos de investimento conectados ao ambiente acadêmico, essas corporações têm o potencial de moldar o empreendedorismo inovador, direcionando-o para um futuro mais sustentável. Afinal, investir em startups acadêmicas é investir no futuro dos negócios.
Por fim, no cenário de negócios em constante transformação, as colaborações entre corporações e instituições de ensino, ampliadas pelo PD&I cooperativo, desempenham um papel fundamental.
Elas simbolizam a integração de conhecimento, inovação e perspectivas empresariais.
Ao fomentar parcerias estratégicas centradas na cocriação e na pesquisa, desenvolvimento e inovação conjuntos, é uma forma de criar um futuro mais colaborativo e inovador.