Economia

Princípios da governança bem aplicados ao mundo dos negócios

A transparência tem como finalidade diminuir a assimetria das informações, utilizando ferramentas como a divulgação de relatórios financeiros, ambientais e sociais

Foto: Freepik

*Artigo escrito por José Carlos Buffon Junior, advogado, empresário, sócio da Sinapse Capital e Líder do Comitê Qualificado de Conteúdo de ESG do IBEF-ES.

A governança é a base que sustenta todas as ações e políticas das empresas e organizações que estão atentas ao ESG (Environmental, Social and Governance), não há como falar em responsabilidade social e ambiental sem que tais medidas estejam alinhadas no curso, médio e longo prazo com as atividades fins da empresa.

Outro ponto de preocupação é que tais medidas devem gerar resultados positivos para todas as partes envolvidas na atividade da organização, e só o que pode suportar tudo isso é uma boa governança.

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Para entender melhor como ela consegue entregar o que promete para as empresas e para a sociedade, importante se faz compreender também os pilares que as sustentam, existindo quatros consagrados pelos autores e pelo mercado, sendo eles: 

1) transparência, 
2) equidade, 
3) prestação de contas 
4) e responsabilidade corporativa.

A transparência tem como finalidade diminuir a assimetria das informações, utilizando ferramentas como a divulgação de relatórios financeiros, ambientais e sociais, dentro outros, que dizem respeito à atividade fim da empresa. 

Essencial que tais divulgações possuam padrões contábeis rigorosos, confiáveis e de fácil acesso e entendimento, não só pelos membros do mercado, mas também por toda a sociedade interessada.

A equidade diz respeito ao tratamento dado às partes envolvidas nas relações empresarias, partindo da premissa que as partes são desiguais a equidade tem por finalidade criar ferramentas que possam conferir um tratamento justo, que proporcione resultado iguais para pessoas e classes diferentes.

A prestação de contas, ou accountability no termo em inglês, de acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), é a responsabilidade dos agentes responsáveis pela governança de prestar conta das suas atividades a qualquer um que se mostre interessado, de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo.

Por fim, a responsabilidade corporativa tem como premissa o zelo pela viabilidade econômico-financeira da empresa, mitigando os eventos externos negativos e potencializando os positivos, levando em consideração o modelo de negócio e utilizando de forma mais adequada os diversos recursos da companhia

Esses quatros princípios são apenas uma base inicial que derivam diversas inciativas e ações que sustentam a governança corporativa empresarial, no final é esse arcabouço que dará as empresas a possibilidade de entregar cada vez mais resultados positivos as todas as partes envolvidas.