*Artigo escrito por Luana Nandorf, gerente de Agência Sicredi, Proprietária do Café Nandorf, Membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Finanças de 2024 do IBEF-ES e Presidente do IBEF Academy.
O setor bancário é tradicionalmente conhecido por sua estabilidade e seu conservadorismo. No entanto, há alguns anos temos testemunhado uma onda de inovações disruptivas que estão redefinindo a forma como os bancos operam e interagem com seus clientes.
Essas mudanças estão sendo impulsionadas por avanços tecnológicos e pela demanda crescente por serviços mais eficientes, acessíveis e personalizados.
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Uma das inovações mais significativas é, sem dúvida, o surgimento de fintechs e bancos digitais. Instituições como Nubank revolucionaram o mercado ao oferecerem serviços bancários totalmente digitais.
Setor bancário: bancos digitais atraem jovens
Estes bancos, sem a necessidade de agências físicas, proporcionam uma experiência mais conveniente e acessível, atraindo especialmente as gerações mais jovens e os clientes que buscam praticidade.
O open banking é outro marco importante. Implementado em várias regiões, como Europa e Reino Unido, ele dá aos consumidores o controle sobre seus dados financeiros, permitindo que sejam compartilhados com terceiros.
Isso incentiva a inovação, já que novos players podem oferecer serviços financeiros personalizados e mais competitivos.
Tecnologia e criptomoedas
A tecnologia blockchain e as criptomoedas também desempenham um papel crucial nessa transformação.
A blockchain oferece uma maneira segura e transparente de realizar transações, enquanto as criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, juntamente com as stablecoins, estão ganhando aceitação tanto entre investidores quanto empresas, tornando-se uma alternativa viável aos sistemas financeiros tradicionais.
Os pagamentos instantâneos representam um avanço significativo na rapidez e conveniência das transações financeiras.
Sistemas como PIX no Brasil, RTP nos Estados Unidos e Faster Payments no Reino Unido permitem transferências quase instantâneas, trazendo maior eficiência nas operações financeiras.
Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning estão sendo amplamente adotadas para melhorar a detecção de fraudes, análise de crédito, personalização de produtos financeiros e atendimento ao cliente.
Chatbots e assistentes virtuais baseados em IA tornam-se cada vez mais comuns, oferecendo atendimento 24/7 e respostas rápidas às consultas dos clientes.
Ascensão das finanças descentralizadas
A ascensão das finanças descentralizadas (DeFi) está revolucionando ainda mais o setor.
As plataformas DeFi permitem que os usuários realizem transações financeiras diretamente entre si, sem a necessidade de intermediários tradicionais, como bancos, facilitando empréstimos, negociações e investimentos descentralizados.
Além disso, há um aumento na demanda por investimentos que seguem critérios ESG (Environmental, Social, and Governance). Os investidores estão cada vez mais preocupados com práticas sustentáveis e responsáveis, refletindo uma mudança nas prioridades do mercado financeiro.
Essas inovações estão desafiando a imagem tradicional do setor bancário, que agora precisa se adaptar rapidamente para permanecer relevante. Os bancos estão investindo em tecnologia e parcerias com fintechs para oferecer serviços inovadores e manter a competitividade.
Transformação melhora a experiência do cliente
Essa transformação não apenas moderniza o setor, mas também melhora a experiência do cliente, tornando os serviços financeiros mais inclusivos e eficientes.
Podemos dizer que o setor bancário, embora tradicional, está numa constante e inquieta revolução digital impulsionada por inovações disruptivas.
Essas mudanças têm criado um novo panorama financeiro, onde a tecnologia e a personalização são essenciais para atender às expectativas dos clientes e garantir o sucesso a longo prazo.
Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.