Artigo escrito por Eric Alves Azeredo, professor, executivo, advogado, CEO da AZRD e membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Empreendedorismo e Gestão de 2024 do IBEF-ES.
Depois de mais de um século de existência, a liga esportiva profissional de futebol americano, esporte mais popular dos Estados Unidos, realizou o primeiro jogo de sua história na América Latina.
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A partida foi realizada na cidade de São Paulo, no último dia 6 de setembro, entre as equipes do Philadelphia Eagles e Green Bay Packers que integram a National Football Conference (NFC), uma das duas conferências da National Football League (NFL).
NFL no Brasil: sucesso de público
Segundo o estudo da Sponsorlink do IBOPE Repucom, líder global em pesquisa de marketing esportivo e retorno de exposição das marcas em mídia, o esporte atingiu o número de 41 milhões de torcedores no Brasil.
Isso coloca o país como o terceiro polo que mais consome o esporte, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do México.
Com ingressos que custaram entre R$ 285,00 e R$ 2.520,00, mais de 47.000 torcedores assistiram à partida, e os comentários positivos após o jogo, amenizaram as críticas feitas pelos jogadores da NFL sobre a violência na cidade de São Paulo e da polêmica sobre a situação do gramado da Arena Corinthians, local da realização da partida.
Planos de expansão internacional da NFL
Para a liga, a experiência superou todas as expectativas e estuda-se a possibilidade de continuar o processo de expansão de jogos internacionais, e o Brasil se mostrou um potencial candidato a receber outros jogos futuramente.
Quem parece ter ficado muito satisfeito com o retorno financeiro desse evento, inédito no país, foi o Corinthians, que recebeu cerca de US$ 500 mil (quase R$ 2,8 milhões na cotação atual) da NFL.
Segundo os especialistas do mercado financeiro, o impacto econômico gerado ficou em torno de US$ 60 milhões, o que fez com que a experiência se tornasse extremamente positiva.
Inovações tecnológicas e parcerias estratégicas
O sucesso na divulgação do esporte pelo mundo é resultado de uma busca constante dos proprietários das franquias por inovações, como a parceria com a Amazon Web Services (AWS).
Com a plataforma de dados, é possível oferecer conteúdo sob medida aos espectadores nos estádios e em casa.
Segundo Julie Souza, head global de esportes da AWS, “cada pessoa pode receber insights personalizados, estatísticas ao vivo e recomendações de conteúdo com base no que mais lhes interessa. Isso cria uma experiência imersiva única”.
Abertura para investimentos e crescimento das franquias
Outro fato que aconteceu recentemente e que mostra a visão dos proprietários das franquias da NFL, foi a permissão para que fundos de capital privado possam comprar participações em suas equipes.
Uma medida que deve atrair bilhões de dólares nos próximos anos, além de aumentar as avaliações dos times da organização, que já vinham crescendo.
Essa decisão, tomada em reunião que aconteceu em Mineápolis, só foi possível porque a liga americana de futebol abrandou regras de propriedades para permitir que fundos de private equity detivessem até 10% de um único time de futebol americano.
Esta é mais uma medida tomada pela liga americana de futebol, que tem se revelado muito eficiente em decisões que só fazem crescer a paixão pelo esporte da bola oval por todo o mundo.
Expectativas futuras para a NFL no Brasil
Enfim, todo o interesse demonstrado pela primeira partida da NFL realizada na América Latina só enche de esperança os admiradores do esporte
que acreditam que outros jogos, com outras equipes, poderão vir a fazer parte da abertura oficial da temporada de futebol americano.
Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo