Economia

Open finance e o fim dos aplicativos de banco no Brasil

Para consumidores e empresas, isso representa uma nova fronteira de poder sobre seus dados bancários, seguros e financeiros

Foto: Freepik

*Artigo escrito por Daniel Arrais, empreendedor na área de TI, investidor anjo e membro do Comitê Qualificado de Conteúdo em Inovação e Tecnologia do IBEF-ES.

No centro da inovação financeira contemporânea, o open finance está reformulando o modo de como os usuários interagem com as finanças. 

Como uma progressão do open banking, esse sistema inovador permite a partilha segura e eficiente de informações financeiras, sob a aprovação do cliente, entre instituições financeiras e terceiros autorizados.

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Para consumidores e empresas, isso representa uma nova fronteira de poder sobre seus dados bancários, seguros e financeiros. 

Com o open finance, há a promessa de acesso a um leque mais vasto de serviços financeiros customizados, que promovem uma competição saudável e fomentam a inovação no setor.

Em um contexto brasileiro, o open finance ganha relevância após Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, anunciar que o open finance poderá eliminar a necessidade de múltiplos aplicativos de bancos, sugerindo a criação de um aplicativo agregador único que permitirá o acesso a todas as contas bancárias.

Esta mudança vem ao encontro da rápida aceitação do open finance pelo público brasileiro, com milhões aderindo ao sistema antes mesmo de colherem todos os seus benefícios. 

O Banco Central não só reconhece o sucesso do sistema, mas também planeja expandi-lo para incluir serviços como seguros, ampliando ainda mais seu alcance e impacto.

O Pix, modo de transferência monetária instantâneo e de pagamento eletrônico instantâneo, oferecido pelo Banco Central do Brasil a pessoas físicas e jurídicas, é um exemplo de como o open finance pode se traduzir em aceitação e uso massivos. 

Com o Pix, os pagamentos são realizados em tempo real, o que elimina a espera associada a métodos tradicionais como a Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Documento de Ordem de Crédito (DOC). 

E o futuro promete ser ainda mais integrado, com planos para que o Pix se conecte ao Drex, moeda digital do Banco Central do Brasil, ampliando o escopo de funcionalidades programáveis e conveniências para os usuários.

O Banco Central do Brasil está comprometido em continuar sua trajetória de inovação.

A agenda tecnológica planejada vai além do que já foi implementado, com estruturas que visam uma intermediação financeira mais avançada e integrada, preparando o terreno para um futuro em que os serviços financeiros são tão personalizados e acessíveis quanto qualquer outra experiência digital personalizada.

Portanto, o open finance se apresenta como mais do que uma tendência: é um componente essencial do futuro financeiro, prometendo um ecossistema mais transparente, personalizado e inclusivo para todos.