*Artigo escrito por Lucas de Souza do Rosário, wealth planner, especialista em investimentos, mercado financeiro, planejamento financeiro, assessor de alta performance e associado Ibef-ES.
O planejamento financeiro pessoal é um processo essencial para quem deseja alcançar estabilidade e realizar objetivos. Ele vai além de cortar gastos e investir: é uma estratégia que cria uma base sólida para viver com tranquilidade, enfrentar desafios e construir um futuro alinhado aos sonhos e à realidade de cada pessoa.
No Brasil, porém, o planejamento financeiro ainda é pouco praticado. Segundo pesquisa do Instituto de Planejamento Estratégico (Ibespe) em parceria com a Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), 17,7% dos entrevistados desconhecem o tema, e 25,3% não têm o hábito de planejar.
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Para uma estratégia completa e sustentável, o planejamento financeiro pessoal se divide em seis áreas fundamentais:
Gestão financeira
Organizar o orçamento e monitorar fluxo de caixa e balanço patrimonial são essenciais para definir prioridades. Essas práticas estabelecem limites de gastos, constroem uma reserva de emergência e sustentam as demais áreas do planejamento.
Gestão de investimentos
Construir um portfólio alinhado ao perfil e objetivos envolve ajustar riscos e definir estratégias. Imagine um profissional liberal que destina parte da sua renda para um fundo multimercado de médio risco, com foco em complementar a aposentadoria. A reserva de emergência protege contra imprevistos, enquanto investimentos a longo prazo ajudam a alcançar metas específicas.
Gestão de riscos e seguros
Proteger o patrimônio e a renda é crucial. Por exemplo, uma família com filhos pequenos pode contratar um seguro de vida para garantir estabilidade financeira no caso de eventos inesperados, preservando o planejamento.
Planejamento tributário
Otimiza impostos por meio de estratégias legais e incentivos fiscais, preservando os ganhos de forma eficiente. Inclui a previdência privada, que, além de contribuir para a aposentadoria, oferece incentivos fiscais, ajudando na construção patrimonial.
Planejamento de aposentadoria
A combinação de previdência pública e privada garante segurança. Uma pessoa que começa aos 30 anos a investir R$ 500 mensais pode acumular um montante significativo até os 60, graças aos juros compostos.
Planejamento sucessório
Para evitar conflitos familiares, recomenda-se preparar um testamento ou usar ferramentas como a doação com cláusulas de usufruto.
A Planejar estabelece seis etapas para o sucesso do planejamento entre o especialista e o cliente: definir o relacionamento, coletar informações, analisar a situação financeira, desenvolver recomendações, implementar e monitorar o plano.
O planejamento financeiro pessoal é indispensável para alcançar segurança e realizar de metas, indo muito além de cortar gastos e investir.
Apesar de pouco praticado no Brasil, ele oferece uma estrutura completa ao abordar seis áreas fundamentais, como gestão financeira, investimentos, seguros e sucessão. Com o suporte de etapas bem definidas, este processo contínuo integra finanças e vida pessoal, garantindo um futuro sólido e alinhado aos objetivos de cada pessoa.
Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.