*Artigo escrito Daniel Arrais, empreendedor na área de TI, investidor anjo e membro do Comitê Qualificado de Conteúdo em Inovação e Tecnologia do IBEF-ES.
Em um mundo cada vez mais conectado, uma pergunta emerge: quando foi a última vez que você utilizou um canal físico para realizar uma transação financeira?
Segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023, conduzida pela Deloitte, 80% das operações financeiras no Brasil ocorrem digitalmente. Isso gera um questionamento: qual é o nível da segurança nos pagamentos “on-line”?
Com a popularização de ferramentas de fraude, o número crescente de pessoas realizando transações “on-line” infelizmente se correlaciona com o aumento de golpes.
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Plataformas diversas oferecem pacotes que facilitam a execução de fraudes, impactando diretamente a segurança dos pagamentos “on-line”, como por exemplo a ClearSales.
A facilidade de acesso às tecnologias, anteriormente exclusivas a grandes corporações, agora serve como um facilitador para fraudadores, apesar de a índole de cada indivíduo ser determinante.
Os fraudadores têm se aprimorado, criaram novas identidades com dados roubados, e têm realizado transações que muitas vezes passam despercebidas pelos filtros de segurança das transações “on-line”.
As credenciais dos usuários, vistas como legítimas pelas instituições, se tornam instrumentos para ações fraudulentas.
Diante disso, o setor de pagamentos tem investido em soluções para avaliar melhor o risco de novas contas, buscando prevenir a falsidade ideológica e o uso de identidades roubadas ou sintéticas.
A Inteligência Artificial (IA) generativa se tornou um novo vetor de ameaças, com robôs capazes de realizar atividades complexas e, mais recentemente, golpes virtuais.
Táticas como e-mails de phishing e outros métodos de fraude estão se tornando mais sofisticados, eliminando as imperfeições que antes permitiam a fácil identificação de fraudes.
Isso demanda uma mobilização maior do setor de pagamentos para educar os consumidores sobre práticas suspeitas.
No âmbito do checkout rápido, o desafio é equilibrar controles de segurança digital robustos com a eliminação de atritos nas interações com o cliente.
Muitos consumidores preferem compras rápidas por meio de aplicativos de mídia social, o que exige uma segurança aprimorada para prevenir fraudes sem comprometer a experiência do usuário.
Com a ascensão das transações de pagamento em tempo real, que em 2022 movimentaram mais de US$ 100 bilhões, a praticidade oferecida também abre brechas para golpes, já que uma vez que o dinheiro é enviado, a transação é irreversível.
Além disso, criptomoedas e moedas digitais apresentam desafios semelhantes, sem mecanismos de recuperação para valores transferidos a carteiras de golpistas. É crucial que, ao usar novas tecnologias, os usuários verifiquem quem está do outro lado da transação.
Em conclusão, antes de realizar qualquer transação de pagamento, é essencial verificar meticulosamente os dados do credor ou destinatário. Mesmo que o processo possa ser mais demorado, a cautela é preferível ao risco de arrependimento posterior.
A segurança em pagamentos digitais é um terreno em constante evolução, e manter-se informado é a chave para se proteger contra fraudes cada vez mais sofisticadas.