Economia

IBGE aponta que 180 mil capixabas procuraram emprego no mês de maio

Ainda no mês de maio, as pesquisas mostram que quase 10 milhões de pessoas tiveram que se afastar do trabalho no país. No Espírito Santo, esse número foi de 328 mil trabalhadores

Foto: Divulgação

O IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou na última quinta-feira (25) os primeiros dados das pesquisas semanais que estão sendo realizadas para medir como a pandemia influencia na saúde, na vida social e no trabalho da população brasileira.  Segundo o instituto, em maio havia 180 mil capixabas procurando emprego, quase 10% da população economicamente ativa. Outros 263 mil disseram que gostariam de estar trabalhando, mas não se motivaram a procurar emprego por causa da crise.

Ainda no mês de maio, na questão do trabalho, as pesquisas mostram que quase 10 milhões de pessoas tiveram que se afastar do trabalho no país. No Espírito Santo, são 328 mil trabalhadores. Desse total, 162 mil pessoas ficaram sem nenhum remuneração. 

De acordo com o chefe do IBGE no estado, Max Athayde Fraga, os dados tratam de ambulantes, autônomos e donos de pequenos negócios informais. “Eles ficaram sem remuneração, no mês de maio, por não poderem abrir os seus negócios. A pesquisa foi realizada em cerca de 8 mil domicílios em todo o Espírito Santo, através de ligações telefônicas”.   

Outro dado é sobre a população em idade produtiva. No Espírito Santo, são cerca de 2 milhões e 200 mil pessoa. Desse total, 1 milhão e 800 estavam trabalhando em maio, 182 mil procuravam um emprego e 263 que também poderiam trabalhar disseram sequer procuravam emprego porque não tinham esperança de conseguir. 

Um relexo do impacto da crise e o caso de Leandro Pereira, que é garçom, está entre uma das pessoas que ficou desempregado por causa da pandemia. “Fui demitido no mês de abril, junto com outros colegas e dei entrada no meu seguro desemprego. Porque não consegui o auxilio emergencial”.

O IBGE também registrou que 135 mil pessoas no ES passaram a trabalhar em casa, fazendo o chamado trabalho remoto. Além disso, o IBGE divulgou que entre os que continuaram trabalhando depois da pandemia, quase 30% trabalham menos tempo que o habitual. A média de tempo de trabalho no Estado foi de cerca de 30 horas semanais, abaixo da média histórica de 40 horas. 

A partir de julho, as pesquisas devem começar a ser divulgadas toda semana, logo após a realização. O objetivo do trabalho, além de um diagnóstico, é apontar caminhos para o poder público e a iniciativa privada superarem o momento difícil na saúde, na assistência social  e na economia. 

Com informações do repórter Alex Pandini da Tv Vitória / Record Tv