Economia

Imóveis: ES fecha 2º semestre de 2024 com mais de 14,8 mil unidades em construção

Segundo 44º Censo Imobiliário do Sinduscon ES, foi a melhor segunda metade de ano desde 2015. Apesar dos números, preços de imóveis continuam em alta na Região Metropolitana

Imóveis no Estado: segundo censo do Sinduscon, número de lançamentos seguiu alto em 2024. Crédito: Divulgação
Imóveis no Estado: segundo censo do Sinduscon, número de lançamentos seguiu alto em 2024. Crédito: Divulgação

O mercado imobiliário capixaba deu um salto em 2024 e, só no segundo semestre, registrou 14.885 unidades em construção só na Grande Vitória. Os números fazem parte do  44º Censo Imobiliário divulgado nesta quinta-feira (20) pelo  Sindicato da Indústria da Construção Civil no ES (Sinduscon ES). 

Foi a melhor segunda metade de ano desde 2015, quando o número de imóveis em construção passou das 21 mil unidades. Apesar dos números crescentes, os preços do metro quadrado continuam em alta na Região Metropolitana do Estado. 

O censo aponta que, no segundo semestre de 2024, as unidades residenciais de um quarto na Serra custavam R$ 14.371,00. Nesse sentido, as unidades desse tamanho em Vila Velha custavam R$ 16.168,00. 

Já nos imóveis de dois quartos, a maioria dos casos, o preço do metro quadrado variou de R$ 6.418,00 na Serra para R$ 11.096,00 em Vila Velha e R$ 14.760,00 na capital Vitória.

Para empreendimentos de três quartos, o metro quadrado foi de R$ 9.339,00 para unidades na Serra. Em Vila Velha, o valor chegou a R$ 12.308,00 e chegou a R$ 15.493,00 na capital.

Vendas

Os valores são referentes a imóveis novos, em construção e consideram uma média de mercado. Ou seja, com dados levantados no censo do Sinduscon ES.

O levantamento também mostra que as construtoras conseguem vender a maior parte das unidades antes mesmo da entrega das obras. Em Cariacica, por exemplo, 87,9% dos imóveis são vendidos ainda na planta, na fase de fundação, estrutura ou acabamento. Do mesmo modo, em Vila Velha, 77,6% das obras são vendidas. Na capital, as vendas nessas fases chegam a 70,9%.

Do ponto de vista da saúde do mercado, da saúde das incorporadoras, quanto mais alto esse índice, melhor. Quer dizer que ela comercializou mais, vendeu mais e está confortável para tocar a obra. Os índices estão bons. Nesse sentido, a gente vê o mercado mais maduro e equilibrado. Eduardo Borges, diretor de Economia e Estatística do Sinduscon ES. 

Ele também ressaltou que não vê risco de problemas no mercado de imóveis por causa da elevação dos preços.

“Os números que apresentamos aqui são referentes ao mercado de lançamentos e não de imóveis usados. Vejo o empresário da construção civil mais seguro hoje. Temos uma realidade diferente, por exemplo, do período de 10 anos atrás em que tivemos uma super oferta de imóveis. Hoje os preços estão compatíveis com a oferta. Quando se faz com mais equilíbrio, você não gera a super oferta com risco de prejuízos”, disse Eduardo.

Imóveis e momento do ES

Segundo o vice-presidente do Sinduscon-ES,  Leandro Lorenzon, os números sólidos do setor de construção civil e imóveis no ano passado também são um reflexo do momento econômico vivido pelo Estado. Segurança jurídica, estabilidade política e econômica fazem a diferença.

“O Espírito Santo estar em um bom contexto econômico, político, nacional, sem grandes crises do setor público, comparado a outros estados, faz a diferença. Um estado em crise talvez não tivesse tanta demanda por compradores. Porém, não só isso. A gente vê a qualidade de vida de Vitória, Vila Velha em um comparativo nacional que tem atraído moradores de outros estados e isso pressiona o preço”.