A inadimplência das empresas brasileiras cresceu 4,14%, segundo dados da Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC-Brasil). Apesar do aumento, o levantamento aponta que houve recuo de 0,38% na quantidade de dívidas em atraso no nome de pessoas jurídicas.
Segundo a pesquisa, as empresas inadimplentes no país encerraram o último mês de setembro com uma dívida média de R$ 5.563,06. Pouco mais da metade (56%) possui pendências com valor superior a R$ 1.000,00. O valor médio atual, no entanto, é menor do que o observado no início da série, em 2010, quando correspondia a R$ 10.488,97 — descontando valor da inflação.
Segundo o Indicador de Inadimplência de Pessoas Jurídicas, o setor que concentra o maior número de empresas negativadas é o comércio, com 44% das companhias nessa situação.
O ramo de serviços aparece com a segunda maior participação, concentrando 41% do total de pessoas jurídicas negativadas. Além disso, o setor lidera o crescimento do número de empresas inadimplentes, com alta de 7,12% na comparação com o mesmo mês em 2018. Já o setor do comércio teve alta de 1,53%, enquanto a indústria apresentou aumento de 1,69%.
Região Sul puxa alta dos atrasos
Segundo o levantamento, todas as regiões do Brasil apresentaram crescimento no número de empresas inseridas no cadastro de negativados. A região Sul puxou a alta dos atrasos em setembro, com avanço de 6,37% em comparação com setembro de 2018. O Sudeste teve aumento de 5,56% e a região Norte com 2,08%. A região Centro-Oeste teve o menor avanço, com 0,73%.