Economia

Inflação desacelera para 0,16% em janeiro, menor taxa para o mês desde o início do Plano Real

Em 12 meses, inflação acumulada ficou em 4,56%, segundo o IBGE. Energia elétrica caiu, mas grupo de alimentação e bebidas teve seu quinto aumento consecutivo

A energia elétrica teve maior impacto na queda da inflação de janeiro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A energia elétrica teve maior impacto na queda da inflação de janeiro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A inflação, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou janeiro com alta de 0,16%, ante uma elevação de 0,52% em dezembro. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a menor taxa para um mês de janeiro desde o início do Plano Real, em 1994.

O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 4,56%. A meta de inflação do Banco Central é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Os preços de energia elétrica residencial recuaram 14,21% e exerceram o impacto negativo mais intenso (-0,55 p.p.) sobre a inflação de janeiro. Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, explica que, nesse sentido, “essa queda foi decorrência da incorporação do bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas em janeiro”.

A energia elétrica residencial integra o grupo da habitação, ou seja, registrou queda de 3,08% com impacto de -0,46 p.p. sobre o IPCA de janeiro.

Os preços do grupo transportes subiram 1,30% e exerceram um impacto de 0,27 p.p. sobre a inflação de janeiro. As altas foram por influência das altas em passagens aéreas (10,42%) bem como de ônibus urbano (3,84%).

Inflação dos alimento

Já o grupo de alimentação e bebidas teve seu quinto aumento consecutivo (0,96%) e contribuiu com 0,21 p.p. para o índice de inflação do mês. Nesse grupo, a alimentação no domicílio subiu 1,07%, influenciado pelas altas da cenoura (36,14%), do tomate (20,27%), e do café moído (8,56%). Contudo, os preços da batata-inglesa (-9,12%) e do leite longa vida (-1,53%) recuaram.

Já a inflação de alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,19% em dezembro para 0,67% em janeiro. Tanto o lanche (0,94%) quanto a refeição (0,58%) tiveram variações inferiores às do mês anterior (0,96% e 1,42%, respectivamente).