As despesas com energia elétrica, combustíveis, e bens como móveis devem ficar menores em 2016 em comparação ao ano de 2015. Isso porque, na avaliação de economistas do Estado, a inflação deve cair dos 10,6% para 6,8% no próximo ano.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Economia, Eduardo Araújo, essa inflação menor ainda não é considerada ideal. “Nós consideremos que a inflação deve cair cerca de 30%, mas ainda não está na média ideal que seria de 4,5%”, disse.
Por conta dessa previsão de uma inflação mais baixa no próximo ano, algumas despesas devem sofrer reajustes menores, como no caso da energia elétrica.
“Os preços administráveis, como a energia elétrica, subiram em 2015 cerca de 50%. No próximo ano esse reajuste deve ser bem menor, mas ainda com reajustes. Isso acontece porque parte do Sudeste e Sul compram energia de Itaipu, que sofre influência do dólar, além dos fatores climáticos, como a falta de chuva”, informou.
Outro fator apontado pelo economista para uma inflação mais controlada em 2016, é o dólar. Ele acredita que a circulação do dinheiro estará mais difícil e, por isso, investimentos de outros países no Brasil são evitados. “Os Estados Unidos, por exemplo, têm estimulado a aplicação de capital por lá. Com isso, empresas deixam de investir no Brasil. Além disso, o nosso país corre o risco de perder mais um grau de investimentos, de acordo com as agências que avaliam a credibilidade dos países.” acrescentou.
Para Eduardo com menos dólares circulando, a inflação deve ficar mais controlada, mas por outro lado, a economia também pode sofrer uma queda. A falta de investimentos deve aumentar o desemprego, por exemplo, diminuindo ainda mais o consumo. “Alguns produtos como pão de sal e os vinhos, e outros importados devem ficar mais caros devido às alterações do dólar”, explicou. O economista também chama a atenção para os reajustes dos aluguéis e do cartão de crédito. “Os aluguéis devem ficar mais caros, por isso é importante que haja negociação, pois não será um momento fácil nem para os locatários nem para os inquilinos. Quem usa cartão de crédito também precisa ficar atento pois os juros vão ficar mais altos.” alerta o especialista.
Em relação aos combustíveis e mensalidades escolares, o economistas acredita que essas áreas não sofreram reajustes muito elevados. Segundo ele, o preço do barril de petróleo vem caindo e com isso é mais provável que os preços não aumentem tanto quanto em 2015.
IPVA
O valor do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) no Espírito Santo terá queda no próximo ano. De acordo com a Secretaria Estadual da Fazenda a variação média dos preços de referência do imposto foi de -2,8%, comparada ao ano de 2014. A tabela dos valores são calculados com base no valor do veículo, o ano de sua fabricação e a alíquota prevista na Lei nº 6.999.