O ‘boom’ da Inteligência Artificial, que teve início ao final do ano passado, foi recebido com entusiasmo por profissionais e empresas, mas também com desconfiança por parte de outros. A verdade é que a tecnologia tem potencial para uma verdadeira revolução quando o assunto é gerar resultado para companhias.
O potencial transformador da tecnologia é tema da TechTalks, evento que acontece a partir das 18 horas desta quinta-feira (21), em Vitória.
A organização fica por conta do hub de inovação capixaba Base27 e conta com participação das paulistas Alura Para Empresas, PM3 e FIAP.
O evento é aberto ao público e pretende discutir o impacto da Inteligência Artificial nos resultados de empresas que a adotaram para otimizar o tempo e automatizar a produção.
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Fundador da Alura, Adriano Almeida está em Vitória na Base27 para palestrar sobre o tema. O empresário falará ao público sobre a utilização da I.A na construção de processos e resultados.
“Estamos trazendo alguns temas importantes de tecnologia de gestão de negócios, cultura de negócios e inteligência artificial. Como esta tecnologia pode otimizar processos”, contou.
De acordo com Almeida, a I.A se tornou um assunto de grande interesse a partir da popularização de sistemas como chatgpt, capaz de criar textos e imagens de forma quase que imediata. Além disso há a fácil usabilidade destes componentes tecnológicos.
“Estamos em diferentes momentos da Inteligência Artificial. Quando surgiu a conversa, logo apareceu um hype sobre o assunto. Com esse hype, o que aconteceu foi a descoberta da tecnologia. Dali para a frente, muitas pessoas começaram a experimentar, testar a tecnologia, mas ela ainda não estava madura”, disse.
“Passada esta fase de descoberta, a tecnologia passou a fazer sentido para as empresas e negócios. Começaram a enxergar o potencial de automação de processos manuais, burocráticos e propensos a erro. Usamos também automação para identificação de análise, relatórios, leitura de dados”, complementou.
Brainstorming agora dura poucos minutos
Ainda de acordo com o empresário, com a chegada da tecnologia, outros processos foram agilizados nas empresas, como o próprio brainstorming, ou a discussão de ideias.
Um processo que antes poderia levar várias horas e até mesmo dias, passou a durar apenas alguns minutos com o auxílio de tecnologias como o próprio chapgt e outras ferramentas.
Como diz Almeida, elas agora são responsáveis por dar o “pontapé inicial” a essas reuniões e desburocratizar o tempo.
Além disso, a tecnologia serve para encurtar caminhos e facilitar processos como No-code e roadmap. Essas palavras de nome difícil não são nenhuma novidade na vida de qualquer programador.
O No-code trata-se de uma forma de “democratizar a programação” e descreve plataformas que permitem o desenvolvimento de plataformas simples, ou “sem código”.
Já o roadmap é o processo de elaboração de um documento de referência para a equipe da empresa e como atingir cada objetivo traçado para ela, dando mais propósito a cada etapa até atingir o objetivo final.
Estes processos podem ser automatizados com o uso de uma inteligência artificial ,que não necessariamente dispense o programador, mas que possa realizar tarefas menos complexas, que não necessitem de um profissional intermediário.
E é justamente sobre estes processos que o empresário tratará na TechTalks. Sua fala será precedida pela empresa Suzano, cliente da Alura, que viu seu processo agilizado por estas automações.
“A Suzano vai falar justamente sobre isso, vai mostrar o case deles, como cuidam desde o roadmap, como eles agilizam esse roadmap, descentralizando as ferramentas, e a aplicação da inteligência artificial. O que são essas ferramentas e como conseguem construir sistemas, fluxos, sem a necessidade de um conhecimento profundo”, disse.
Inteligência artificial não deve inviabilizar empregos
De acordo com Adriano Almeida, a I.A tem um potencial transformador enorme, inclusive de trabalho e do mundo em que vivemos. Ainda assim, a tecnologia não deve substituir o trabalho humano, mas sim, mudá-lo.
Na visão do empresário, a tecnologia transformará a forma como as pessoas trabalham, assim como fez a internet.
“Na minha visão, a tecnologia não vai inviabilizar, mas vai mudar algumas profissões. Assim como o jornalismo, ele não deixou de existir. Ela terá o poder de transformar as profissões, mas elas não serão extintas, a diferença é que os profissionais terão que dominar e manipular a tecnologia no dia a dia”, finalizou.
SERVIÇO:
TechTalks
Onde: Base27 – Rua Leocádia Pedra dos Santos, 115 – Enseada do Suá, Vitória
18 horas
Entrada gratuita
Inscrições: neste link
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