Economia

Investidor vai ter que reaprender a aplicar dinheiro, diz fundador de gestora de fundos

Henrique Bredda participou do painel "Perspectivas econômicas para 2020", no 1º Folha Business, e falou sobre oportunidades de mercado

Foto: Folha Vitória
Henrique Bredda, Ricardo Frizzera e Rafael Mazzer

A redução sistemática na taxa de juros do País tem levado os investidores a repensar onde colocar o dinheiro para render. E está claro que as opções de renda fixa não são mais uma opção tão viável como num passado recente.

 “Todo mundo fala que o brasileiro estava acostumado a investir em CDI e poupança. Isso está errado porque em nenhum lugar do mundo isso é investimento. Um americano, alemão, japonês, não trata o dinheiro que ele deixa na poupança como investimento, porque aquilo não vai deixar ele mais rico. Isso não vai levar ele para frente”, disse o cofundador da gestora Alaska Black, Henrique Bredda.

Ele foi um dos palestrantes do 1º Folha Business e participou da palestra “Perspectivas econômicas para 2020”, mediado pelo colunista Ricardo Frizzera. O evento fechado para empresários e investidores aconteceu no Shopping Vitória e contou com presença também do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, do governador Renato Casagrande e do deputado federal Felipe Rigoni. 

Bredda afirmou que o dinheiro vai migrar para investimentos como fundos de ações, start ups, fundos imobiliários e outras opções mais atrativas. “Tem alguns trilhões de reais que estão empoçados em poupança, CDBs, renda fixa, tratados como investimento e isso vai ter que migrar. 

Segundo o sócio do BTG Pactual, Rafael Mazzer, o dinheiro hoje começa a praticamente “queimar” na mão do investidor. “A inflação muito baixa, assim como os juros, obrigam a procura por opções mais rentáveis. O que a gente tem visto é que esse investidor da poupança, que tem um estoque enorme, começando a se aventurar em investimentos diferentes. Por isso o próprio gestor de fundos deve procurar novas opções de investimento.

Mazzer disse ainda que  boas alternativas têm sido trabalhar com prazos mais longos para aplicações. “Eles trazem um pouco mais de risco, mas também trazem mais retorno”.