Economia

Investimento bilionário da Suzano no ES deve abrir 500 empregos

Durante o período de realização das obras, serão gerados 300 postos de trabalho. Após o início da produção, cerca de 200 trabalhadores atuarão na nova fábrica

Foto: Suzano/Divulgação

A Suzano investirá R$ 1,17 bilhão, até 2026, na construção de uma nova fábrica de papel tissue e na substituição da caldeira de biomassa na Unidade Aracruz, no Norte do Espírito Santo. O anúncio foi feito pelo presidente da companhia, Walter Schalka, no início da noite de quinta-feira (26), em São Paulo.

Durante o período de obras, serão gerados 300 empregos. Após o início da produção, previsto para o primeiro trimestre de 2026, cerca de 200 trabalhadores, diretos e indiretos, atuarão na unidade.

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Atualmente, somente no Espírito Santo, a Suzano emprega diretamente cerca de 2,5 mil pessoas. Os projetos sociais da companhia, por sua vez, impactam positivamente mais de 25 mil pessoas de forma direta e indireta no Estado.

A presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Cris Samorini, esteve presente na cerimônia em que foi feito o anúncio do investimento. Ela destaca que a ação será fundamental para a geração de novos empregos e para fortalecer o setor produtivo na região.

“Esse investimento será multiplicador de oportunidades, gerando emprego e renda para a população e fortalecendo toda a cadeia produtiva do setor. A Findes continuará se empenhando na melhoria do ambiente de negócios, na qualificação de fornecedores e de mão de obra para contribuir para que a Suzano gere um resultado diferenciado nacional e globalmente”, destacou.

Do total que será investido pela Suzano em Aracruz, R$ 650 milhões serão destinados para a construção de uma fábrica de papel tissue. Outros R$ 520 milhões serão para a substituição de uma caldeira de biomassa, no que é hoje um dos maiores complexos fabris de produção de celulose da companhia.

A fábrica de tissue, produto utilizado na confecção de itens de higiene e limpeza como papel higiênico, guardanapo, papel toalha e lenços umedecidos, terá capacidade para produzir 60 mil toneladas, além de duas linhas de conversão do material em papel higiênico.

O projeto levará dois anos até estar concluído e ampliará a capacidade instalada da unidade de bens de consumo da Suzano para 340 mil toneladas anuais.

O presidente da Suzano explicou que o Espírito Santo passará a ter toda a cadeia de produção de papel. 

“Teremos desde o plantio até o produto final. Com a fábrica de tissue, Aracruz vai abastecer mais de 10 milhões de brasileiros todos os dias. Assim, o Espírito Santo passa a ter a cadeia completa e ser exportador para os demais estados brasileiros”.

“Estamos atentos à mudança de hábito de consumo de brasileiros e brasileiras, cada vez mais demandantes de produtos de qualidade superior, e por isso continuaremos a investir para oferecer uma ampla variedade de marcas e categorias de produtos para nossos consumidores”, disse o diretor-executivo de Bens de Consumo e Relações Corporativas da Suzano, Luís Bueno.

Foto: Divulgação

O governador Renato Casagrande participou remotamente do evento de anúncio do investimento. 

Na ocasião, ele ressaltou que o governo do Estado tem importantes políticas públicas de incentivo para a atração de empresas e geração de renda e sabe que essa indústria trará benefícios significativos para a região, principalmente no que diz respeito à criação de empregos e geração de renda.

“Essa nova oportunidade será fundamental para a valorização dos trabalhadores da região, bem como para impulsionar a economia de Aracruz e do Espírito Santo. Além disso, tenho certeza de que essa empresa trará desenvolvimento tecnológico e capacitação profissional, fortalecendo ainda mais a região como polo industrial”.

O vice-governador e secretário de Desenvolvimento do Estado, Ricardo Ferraço, também comentou sobre o projeto da Suzano.

“Mais um investimento estratégico que adensa, que agrega valor a uma cadeia produtiva tradicional e importante no Espírito Santo, geradora de muita prosperidade e desenvolvimento em terras capixabas. A decisão atesta o quanto o mercado olha para nosso Estado com confiança naquilo que estamos fazendo aqui, com parcerias sólidas com o setor privado”.

Construção da nova fábrica era discutida há mais de um ano

A intenção de construir uma fábrica de Tissue em Aracruz havia sido anunciada em junho de 2022 e estava sujeita à aprovação do Conselho de Administração da Suzano, que deu parecer favorável ao investimento em reunião realizada nesta quinta-feira.

Na mesma data, o Conselho de Administração aprovou a aquisição de uma caldeira de biomassa, equipamento que aumentará a eficiência energética da fábrica, contribuindo para a estabilidade operacional. 

Além disso, vai resultar em um importante ganho ambiental, a partir da redução da emissão de material particulado e reaproveitamento na queima de resíduos da madeira em relação à caldeira existente.

A nova caldeira, cujo início de operação está previsto para o último trimestre de 2025, utiliza biomassa para a produção de vapor, que por sua vez é usado no processo de celulose e na geração de energia elétrica.

“Avançamos, dessa forma, no processo de modernização da Unidade Aracruz, o que reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento capixaba. Concluímos em 2021 a construção de uma fábrica de conversão de Tissue no município de Cachoeiro de Itapemirim e realizamos outros importantes investimentos em Aracruz, como a instalação de um sistema de cristalização, um novo turbo gerador e a modernização de uma das caldeiras de recuperação química”, ressalta Walter Schalka.

Maior produtora mundial de celulose e uma das maiores produtoras de papel da América Latina, a Suzano possui fábricas de produção de Tissue e conversão em produtos acabados nos municípios de Mogi das Cruzes (SP), Mucuri (BA), Imperatriz (MA) e Belém (PA).

Além disso, possui unidades exclusivas de conversão nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, e Maracanaú (CE).

Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros.