Com o avanço tecnológico e a expansão econômica, alocar recursos em mercados desenvolvidos está cada vez mais simples, trazendo alternativas de investimentos de difícil acesso no mercado doméstico e, ainda, benefícios para o pequeno investidor.
Investimento no exterior e vantagens dessa forma de alocação
Com o avanço tecnológico crescendo em ritmo cada vez mais acelerado e ainda com queda de barreiras entre mercados financeiros dos países, principalmente os com economias mais abertas, torna-se mais fácil para o pequeno investidor alocar recursos em mercados internacionais.
É possível verificar, ao longo dos anos, como as alternativas de plataformas de investimento, de formas de realizar aplicações e dos custos dessas aplicações, estão cada vez mais acessíveis, sendo comum, atualmente, realizar operações sem custo de corretagem.
Da mesma forma em que era mais complexo e caro investir no mercado doméstico, também, era menos difundido e ainda mais complexo e caro investir diretamente no mercado internacional.
A tecnologia e novos produtos proporcionaram ao investidor pessoa física alocar recursos em ativos estrangeiros no mercado doméstico, através de BDR e ETF, todavia, também facilitaram a destinação de dinheiro para o exterior para investimento diretamente no mercado externo.
Mas se é possível alocar recursos em ativos estrangeiros, qual a vantagem de se investir diretamente no exterior?
Por mais que existam opções de investimentos no mercado doméstico relacionados a ativos estrangeiros, o leque de opções disponíveis em mercados desenvolvidos, como o mercado americano, é consideravelmente maior que o brasileiro.
Assim, o investidor, mesmo que pequeno, tem acesso a ativos de difícil acesso no mercado, ou com baixa liquidez, e ainda acesso às maiores empresas do mundo, com décadas de mercado.
Outra vantagem que se observa é que o investidor aloca parte do seu patrimônio em uma moeda forte, o dólar, protegendo das flutuações do câmbio e diversificando seus investimentos.
Ao alocar recursos em dólar, diretamente no exterior, minimiza-se ainda o risco político da alocação, situação em que pode haver confisco de bens ou dinheiro, como já houve na história recente do Brasil, ou ainda, mudanças da política de impostos e regras de variação cambial.
Atualmente a facilidade para enviar dinheiro para o exterior e opções de corretoras para realização das operações é grande, estando estas buscando captar clientes nos mercados em desenvolvimento, tanto que existem corretoras nacionais que estão entrando para atuar no mercado americano, e ainda, corretoras estrangeiras com plataformas em português, facilitando o acesso ao investidor brasileiro.
Há ainda a possibilidade de abrir contas em corretoras tradicionais americanas de forma totalmente on-line, sendo um pouco mais burocrática que a abertura de contas que estamos acostumados nas corretoras brasileiras, também sem custos de operação e custódia dos ativos.
Trazidas as vantagens de se alocar recursos no exterior e da disponibilidade para o pequeno investidor, na próxima semana abordaremos as alternativas de investimentos e desvantagens existentes.
Pedro Simmer é Administrador com certificação CPA-20, Mestre em Gestão Pública pela UFES, especialista em Finanças, Servidor Público Estadual atuando nas áreas de Planejamento, Orçamento e Gestão e Professor de Planejamento Estratégico e Finanças.