Para boas ideias chegarem até o consumidor, é necessário viabilizá-las. O grande problema de pequenas empresas, porém, é dependerem de sua própria receita orgânica para crescerem. Mas há formas de financiar empreendimentos, e essa indústria tem crescido cada vez mais.
É o chamado venture capital ou capital de risco. A partir dele, investidores alocam seus recursos em pequenas empresas inovadoras e com potencial de escalabilidade, isto é, um modelo de negócios que pode ser aplicado em diferentes proporções (escalas). Em troca, eles recebem uma participação no negócio.
Foi nessas condições que a Luma floresceu. A edtech (startup de tecnologia educacional), conseguiu acelerar seu crescimento a partir de investidores privados.
“Desde o início sonhávamos em montar ao mesmo tempo um negócio grande e escalável. Temos 10 milhões de alunos que pagam por educação no Brasil, há uma tendência mundial de individualização do ensino… então buscamos empresas que conheciam como estruturar e viabilizar esse caminho”, conta Murilo Carvalho, fundador e CEO da Luma.
A startup oferece aulas particulares para estudantes, conectando professores aos interessados.
“Em fevereiro de 2019 nós tínhamos quatro funcionários ao todo e faturamos R$ 10 mil. Após o aporte recebido, conseguimos crescer em dois ou três meses o que talvez não fosse possível em dois ou três anos, validando nosso negócio. Em novembro já estávamos faturando R$ 140 mil”, relembra.
Carvalho conta que a pandemia fez o negócio praticamente ter de recomeçar, criando um modelo digital. Sem a possibilidade de realizar aulas particulares presencialmente, a empresa fez nova rodada de investimentos e conseguiu se reinventar em menos de um mês.
“Antes havia aversão enorme ao digital pelos pais, mas isso mudou. Conseguimos 400 aulas por mês inicialmente, mas esse número já está em 2600. Tudo isso só foi possível em virtude de investidores que acreditaram em nosso projeto. Fecharemos fevereiro com um faturamento mensal de R$ 220 mil”, projeta.
Uma indústria em crescimento
Segundo o relatório Inside Venture Capital Report divulgado pelo Distrito, apenas no primeiro semestre de 2021, as startups brasileiras receberam mais de US$ 5,2 bilhões em investimentos, representando recorde de aportes nesse segmento.
Essa quantia superou o total investido em 2020, de US$ 3,5 bilhões. Ao todo, essas empresas participaram de 339 rodadas de investimento.
Reality show Espírito Startups na TV Vitória
Inovação é o que diferencia um líder de um seguidor. Para continuar inovando, o Folha Business e a Rede Vitória de Comunicação anunciam seu novo programa: o reality show Espírito Startups.
Com objetivo de ouvir, apoiar e investir em quem está inovando na prática e progredir na diversificação da matriz econômica do Espírito Santo, o programa reunirá apresentações de startups capixabas com feedbacks de jurados.
As startups participantes serão selecionadas pela community manager Global Touch, pela área de Venture Capital da Apex Partners e pela diretoria de inovação do hub Base27.
O reality consistirá em quatro capítulos para serem exibidos no mês de novembro a partir do dia 7, aos domingos, na TV Vitória Record e no Instagram Reels.
Nos três primeiros episódios, três startups farão seu pitch, com uma apresentação do projeto. Em seguida, elas ouvirão perguntas e críticas dos jurados, Rogério Salume, Marcus Buaiz, Antonio Toleno e Tayana Dantas, que ao final do programa decidirão a melhor empresa, que se classifica para a grande final.
A startup vencedora receberá um investimento de até R$ 300 mil para impulsionar seu desenvolvimento.
*Com informações do colunista do Data Business Luan Sperandio