A alta de 0,39% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em novembro de 2024 foi o resultado mais brando desde agosto de 2024, quando caiu 0,02%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 10.
Considerando apenas meses de novembro, a taxa foi a mais alta para o mês desde 2022, quando avançou 0,41%. Em novembro de 2023, a taxa tinha sido de 0,28%.
Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses acelerou pelo terceiro mês consecutivo, passando de 4,76% em outubro de 2024 para 4,87% em novembro de 2024, mantendo-se acima do teto da meta de inflação.
A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024 é de 3,0%, com teto de tolerância de 4,50%.
Alimentação e bebidas
O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um avanço de 1,06% em outubro para alta de 1,55% em novembro. O grupo contribuiu com 0,33 ponto porcentual para a taxa de 0,39% do IPCA do último mês.
A alimentação no domicílio aumentou 1,81% em novembro. Os destaques foram os aumentos nos preços das carnes (8,02%), especialmente nos cortes alcatra (9,31%), chã de dentro (8,57%), contrafilé (7,83%) e costela (7,83%). Houve altas também no óleo de soja (11,00%) e no café moído (2,33%).
Por outro lado, ficaram mais baratos a manga (-16,26%), cebola (-6,26%) e leite longa vida (-1,72%).
A alimentação fora do domicílio aumentou 0,88% em novembro. O lanche subiu 1,11%, enquanto a refeição fora de casa avançou 0,78%.
Habitação
As famílias brasileiras gastaram 1,53% a menos com Habitação em novembro, uma contribuição de -0,24 ponto porcentual para a taxa de 0,39% do IPCA no mês. A queda de 1,53% do grupo Habitação em novembro mostrou uma mudança importante ante a alta de 1,49% observada em outubro, quando o conjunto de preços gerou contribuição de 0,23 ponto porcentual no IPCA.
A energia elétrica residencial passou de uma elevação de 4,74% em outubro para uma queda de 6,27% em novembro, item de maior alívio sobre o IPCA do mês, de -0,27 ponto porcentual.
O recuo foi devido à substituição da bandeira tarifária vermelha patamar 2 pela bandeira tarifária amarela, a partir de 1º de novembro, diminuindo assim a cobrança extra nas contas de luz a R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.