Economia

Itaipu rescinde R$ 42 milhões em convênios sem aderência a sua missão

De acordo com a binacional, essa economia será aproveitada em obras estruturantes e em outras parcerias com impactos sociais mensuráveis

Foto: Divulgação

Há pouco menos de dois meses no cargo, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, conseguiu, num primeiro mapeamento, reduzir os gastos em convênios considerados sem aderência à missão de Itaipu. A rescisão soma mais de R$ 42 milhões. 

De acordo com a binacional, essa economia será aproveitada em obras estruturantes e em outras parcerias com impactos sociais mensuráveis. Nenhuma das medidas afeta a região Oeste do Paraná, área de influência da empresa.

Silva e Luna determinou a reavaliação de diversos convênios. Os que foram considerados fora dos padrões estabelecidos pela nova diretoria foram cancelados.

Um dos primeiros exemplos foi o corte do repasse de verbas para o convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que promove o VII Fórum Jurídico de Lisboa, de 22 a 24 de abril, em Portugal.

O convênio foi assinado em novembro do ano passado. No mês seguinte, foram repassados para a fundação R$ 2.492.375. A partir de fevereiro, com a posse do diretor, o convênio foi analisado e, por não ser considerado aderente à missão de Itaipu, foi determinado seu cancelamento.

Por determinação do diretor-geral brasileiro, Itaipu permanecerá revisando todos seus contratos, convênios e patrocínios a fim de adequá-los à política de austeridade adotada desde que assumiu o cargo, seguindo diretrizes do governo do presidente Jair Messias Bolsonaro.

“Sou favorável a convênios que deixem legado para a sociedade, como obras estruturantes ou que gerem um impacto social mensurável, e não em ‘coisas que no dia seguinte terminam’.”, diz Silva e Luna.