Economia

Itapemirim tem o segundo maior terminal pesqueiro de atum do Brasil

Peixe é comercializado para estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas, além da exportação de outros pescados para China e Estados Unidos

Foto: Prefeitura de Itapemirim/divulgação

Seja no garfo e faca ou nas pontas dos hashis em restaurantes de comida japonesa, o atum é uma paixão do capixaba. O que muitos não sabem é que o peixe fresquinho que chega à mesa, em grande parte, vem do sul do Estado. 

A cidade de Itapemirim, no Litoral Sul do Espírito Santo, tem o segundo maior terminal pesqueiro de atum do país, ficando atrás apenas de Natal, capital do Rio Grande do Norte. A informação é da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Pesca. 

No município, cerca de 11 mil pessoas se beneficiam indiretamente da pesca e outras 3 mil vivem diretamente da prática, como explica o assessor de Pesca da prefeitura, Matheus de Moraes Alves

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“A pesca é totalmente relevante para o município, é cultural a pesca aqui. Hoje aproximadamente 11 mil pessoas se beneficiam da pesca indiretamente, sendo que 3 mil pessoas se beneficiam diretamente. É um incentivo que muitos benefícios ao PIB do município”, afirmou. 

Na cidade, no bairro de Itaoca, há uma indústria que faz o beneficiamento do atum e abastece além do mercado capixaba, estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, além de exportar outros pescados para China e Estados Unidos.

Ulysses Viera Raposo, presidente da Associação de Pescadores do município afirma que a pesca do atum é a principal do distrito e há pescadores que vão até para outros continentes ensinar a técnica.  

“A gente tem o atum como sendo uma das pescas principais, senão a principal do nosso distrito e temos pescadores nossos indo para a África ensinar como se pesca o atum aqui”, contou. 

Mas engana-se que a atividade é fácil: para conseguir o sustento com o peixe, é preciso passar longas temporadas longe da família. A ausência pode chegar a três meses, como é o caso do pescador Josué Roberto Lima Pereira

“Vamos ficar três meses fora e a família fica com saudade da gente, a gente fica com saudade deles também, mas a gente tem que lutar, tem que guerrear”.

Enquanto uns se lançam ao mar, outros retornam para o conforto da terra, como Fernando Ferreira de Oliveira, que passou 24 dias em águas internacionais. Na volta, a tripulação trouxe cerca de 29 toneladas de pescado. 

“Eu trabalho em mar aberto, em águas internacionais, no limite das 200 milhas para fora. A gente trabalha com peixe grande, como o atum, o cação. Cada ida é uma história que a gente tem para escrever”, disse.  

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*Com informações da repórter Laila Magesk, da TV Vitória/Record TV

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros Produtor web
Produtor web
Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Ufes. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.