O juiz Braz Aristóteles dos Reis, da Vara de Recuperação Empresarial e Falência de Vitória, não aceitou os valores oferecidos por dois grupos empresariais para comprarem a antiga fábrica de linho da Braspérola, localizada em Cariacica. Segundo o magistrado, nenhum dos dois lances, de R$ 24 milhões e R$ 22,5 milhões, alcançaram 60% do preço avaliado, impedindo, assim, a venda.
As propostas foram feitas na última sexta-feira (12) durante o segundo leilão do imóvel, que terminou sem arrematação. O advogado Ricardo Leão, que é auxiliar do administrador judicial da massa falida Rogério Keijok Spitz, disse que o próximo passo será pedir uma nova avaliação imobiliária “tendo em vista a conjuntura econômica atual para ajustes no valor”. A previsão é de que um novo leilão – o terceiro na justiça comum – seja realizado ainda este ano, segundo o juiz, em aproximadamente três meses.
A Braspérola foi uma empresa que produzia linho para exportação, tida como referência do setor têxtil nos mercados nacional e internacional. No entanto, entre o fim da década de 90 e começo de 2000, a companhia começou a ter problemas financeiros e o complexo de Cariacica, que produzia linho fino, foi fechado.
Em maio deste ano, a justiça determinou que o terreno e a fábrica fossem leiloados para pagamento de credores http://folha.me/9ig. O valor mínimo no primeiro leilão, de R$ 80,5 milhões, foi estipulado em processo que tramita desde o fechamento da fábrica. Como nenhum grupo apresentou lances acima do preço estipulado, o leilão foi adiado para o dia 12 de junho http://folha.me/9ol. A segunda oportunidade para arrematação do terreno e das construções, com lance inicial no valor de R$ 48,3 milhões http://folha.me/adi, não teve êxito.
