A pandemia do novo coronavírus trouxe, além dos problemas voltados para a saúde, consequências para a economia. Muitas lojas precisaram fechar as portas. De acordo com a Junta Comercial do Espírito Santo, mais de 1.500 lojas encerraram as atividades nos últimos dois meses.
Segundo a Associação dos Comerciantes da Praia do Canto, em Vitória, pelo menos 10 lojistas precisaram fechar as portas em definitivo. O presidente da Associação, César Saad, explica que os prejuízos deixados pela pandemia trouxeram um grande impacto para o orçamento dos comércios do bairro.
“A partir do momento em que o Governo editou o decreto para reabertura do comércio em dias alternados, algumas lojas não abriram. O cenário não é bom, principalmente pela imprevisibilidade dos acontecimentos”, explica.
Entre os dias 01 de março e 15 de maio, 1.533 empresas capixabas deram baixa na Junta Comercial do Espírito Santo. Isso significa que as empresa não estão exercendo mais atividades comerciais. O número foi quase 20% maior do que no mesmo período do ano passado. Além disso, a abertura de novas empresas ficou 16% menor no período.
O comércio de vestuário, restaurantes, lanchonetes e lojas de peças de automóveis foram um dos setores mais afetados na pandemia. De acordo com o Coordenador do Espaço Empreendedor da Junta Comercial, Henrique Ribeiro, ainda é prematuro dizer se os números refletem a redução da atividade econômica.
“Acredito que seja precoce por ainda estarmos no momento da pandemia. Muitas pessoas, que já tinham fechado o comércio antes da pandemia, aproveitam a redução nas taxas para formar o encerramento das atividades”, ressalta.
A Associação dos Comerciantes da Praia do Canto não tem dúvidas de que o fechamento dos comércios na região se deve à pandemia, e ressalta que a burocracia para conseguir acesso as linhas de crédito abertas para ajudar os empresários contribuiu para o atual cenário.
A associação criou uma campanha de promoção para o comércio do bairro. “A gente vê a campanha como fundamental. Nós precisamos que as pessoas prestigiem o comércio local, do seu bairro, para que o dinheiro circule e possamos fazer a recuperação da economia dos estabelecimentos”, explica César.
*Com informações do repórter da TV Vitória/Record TV, Alex Pandini.