As instituições bancárias e os correspondentes contratados por elas realizam centenas de ligações para clientes na oferta de crédito consignado, no entanto, o volume dessas ofertas podem ser classificadas como assédio.
Somente nos primeiros dias de 2025, empresas e instituições bancárias já acumulam 1.385 medidas administrativas por irregularidades na oferta de crédito consignado aos consumidores, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O número corresponde ao total de medidas aplicadas desde a criação da Autorregulação do Consignado, em 2020, que estabelece um conjunto de regras para a oferta do crédito
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No Espírito Santo, de 2020 a 2024, 101.192 capixabas bloquearam ligações para ofertas de crédito consignado pela plataforma Não Me Perturbe. Em todo o Brasil, o número corresponde a mais de 5 milhões de brasileiros.
Ainda de acordo com a Febraban, nove agentes de crédito também receberam pontuações negativas em janeiro, resultando em 255 o número total de profissionais pontuados desde o início do monitoramento, em julho de 2023.
Cinquenta e três empresas que cometeram irregularidades estão impedidas de atuar em nome das instituições financeiras autorreguladas.
Participam da Autorregulação 69 instituições financeiras que representam cerca de 99% do volume total da carteira de crédito consignado no país. As regras se aplicam ao empréstimo e ao cartão consignado e visam a proteção dos direitos dos consumidores.
O acompanhamento e a aferição das ações irregulares são feitos por várias fontes de informação, que refletem as reclamações dos consumidores. As infrações às regras podem acarretar às instituições financeiras multas que variam de R$ 45 mil a R$ 1 milhão. Os valores arrecadados são destinados a projetos de educação financeira.