Economia

Mais de 7 mil trabalhadores da construção civil capixaba perderam o emprego em 2015

O número de demissões, levantado pelo Sinduscon-ES, pode ainda ficar maior em 2016 se a economia nacional não apresentar sinais de melhoras

Construção civil: setor fechou mais de 7 mil postos de trabalho no ES em 2015 Foto: Agência Brasil

A construção civil, um dos setores mais afetados com a crise política e financeira vivida pelo país em 2015, fechou mais de 7 mil postos de trabalho no Estado durante todo o ano passado. O número de demissões, levantado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES), pode ainda ficar maior em 2016 se a economia nacional não apresentar sinais de melhoras.

“O mercado da construção civil está vivendo momentos de expectativa quanto à recuperação da economia brasileira neste início de ano. A crise impactou todas as áreas, mas no setor da construção houve uma perda significativa no volume de negócios tanto no ramo imobiliário, quanto o das obras públicas e de logística”, explicou o presidente do Sinduscon capixaba, Aristóteles Passos Costa Neto.

Costa Neto disse ainda que não há perspectivas de melhora o novo ano enquanto o governo não sinalizar como serão os ajustes fiscais e de controle da crise. “O mercado está parado, aguardando o retorno dos recessos do legislativo e judiciário para ver como a crise será administrada e só então traçar um panorama sobre o ano de 2016. Isso provavelmente só acontecerá depois do carnaval”, salientou.

Cenário nacional

Em todo o país, a construção civil fechou 514 mil postos de trabalho, segundo levantamento divulgado pelo Sinduscon de São Paulo. A pesquisa, feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV) a partir de dados do Ministério do Trabalho, indica que o setor encerrou novembro de 2015 com 2,9 milhões de trabalhadores formais, o mesmo patamar de agosto de 2010.

Em novembro, foram fechadas 23,2 mil vagas, desconsiderando os efeitos da época do ano sobre a atividade econômica. A queda bruta, considerando os efeitos sazonais, foi de 2% no mês, com a perda de 61,3 mil postos de trabalho.