Que o Espírito Santo está com o mercado de trabalho aquecido, não é novidade, mas os números do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) são os melhores já alcançados pela entidade. Dos ex-alunos do Senai no Estado, 88,5% estão empregados.
O número é de um levantamento realizado em 2023 e 2024 e é bem melhor do que o nacional. No Brasil, a taxa de formados em cursos técnicos que estão empregados aumentou para 85,6%. É a maior porcentagem desde o início da série histórica da pesquisa, em 2002.
O motivo da alta taxa de empregabilidade capixaba é o aquecimento do setor industrial no Estado. Segundo a gerente executiva de Educação do Senai, Tatiane Franco, o índice melhorou 5,5 pontos percentuais do levantamento anterior.
“O principal fator é o crescimento da indústria, que tem demanda por mão de obra qualificada. Estudos apontam que até 2027, a indústria vai precisar de 279 mil trabalhadores. E a gente trabalha sempre a matriz curricular voltada para o que a indústria precisa”, pondera Tatiane.
E os setores com a demanda mais aquecida no Estado são o metal mecânico, construção civil, tecnologias e recursos renováveis.
“Dependendo da formação, até a bancada de estudo é diferente. O estudante sai tanto com as chamadas soft skills (habilidades sociais, de interação com outras pessoas) até com as hard skills (conhecimentos técnicos aprendidos com estudos e experiências)”, explica Tatiane.
Para 2025, a gerente acredita que a demanda deve ficar mais aquecida para os mesmos setores que foram destaque nos dois últimos anos, mas com atenção especial para a inteligência artificial.