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Os servidores públicos estaduais receberão reajuste linear de 4,5% a partir de maio. A informação foi divulgada pelo governador Renato Casagrande (PSB) por meio das redes sociais.
O aumento vai contemplar mais de 95 mil profissionais, entre ativos (efetivos, comissionados e designação temporária), aposentados e pensionistas.
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O reajuste já havia sido comunicado em abril pela Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger). A previsão era de que fosse de fato efetuado a partir do mês que vem, o que se concretizou.
“Este reajuste é fruto do nosso compromisso contínuo de valorizar o trabalho e o esforço dos profissionais que atuam na administração pública, reconhecendo a importância de suas contribuições para a sociedade capixaba”, disse Casagrande.
Segundo o governo, o cálculo que definiu o percentual levou em conta o comportamento da receita do Estado, de modo a reajustar os rendimentos dos servidores sem comprometer o equilíbrio fiscal e a solidez das contas públicas.
O projeto de lei com a proposta de reajuste será encaminhado para a análise da Assembleia Legislativa do Estado (Ales).
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Sindicato diz que reajuste não repõe inflação
O Sindipúblicos, sindicato que representa os servidores públicos estaduais do Espírito Santo, divulgou nota nesta sexta-feira (26) repudiando o reajuste que, segundo a entidade, não repõe a inflação. Veja a nota:
“Os Servidores Públicos do Estado do Espírito Santo, representados por suas entidades subscritoras, repudiam e se manifestam contrários a qualquer política e proposta por parte do governo do Estado que não inclua a reposição inflacionária (revisão geral anual) e o percentual de 14,38% que representa as perdas salariais somente no período de seu mandato.
A proposta do governador apresentada, às vésperas do Dia do Trabalhador, envergonha os servidores do Estado, que trabalham diuturnamente na construção de um Estado – Nota A.
O reajuste linear de 4,5%, a partir do mês de maio, não cobre sequer a inflação de 2023 e é contrária ao compromisso para a valorização dos servidores estaduais.
A proposta apresentada por Casagrande frustrou a expectativa dos servidores que aguardavam uma proposta concreta de revisão geral anual e reposição das perdas salariais (14,38%), justamente por ser uma forma de valorizar o trabalho e o esforço dos servidores.
Ao propor um reajuste abaixo da inflação e apenas a partir de maio de 2024, fica evidente o descaso do governo com todos os servidores, aposentados e da ativa.
Essa postura representa o desmonte e descaso com que o setor público foi tratado nos últimos anos.
Os servidores esperam o apoio e a sensibilidade da Assembleia Legislativa para dialogar com o governo e buscar o percentual das perdas salariais, especialmente porque o governador recebeu, em fevereiro de 2024, reajuste de 6,57%.
Diante dos fatos, os representantes das entidades estarão reunidos para traçar as estratégias de mobilização e luta!”