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Melhor investimento do mundo: identifique o ideal para o seu perfil

Não existe um único melhor investimento no mundo. Descubra qual é a opção mais adequada para o seu perfil e objetivos financeiros

Imposto
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Artigo escrito por Zeller do Valle Bernardino, sócio da Valor Investimentos e membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Economia de 2024 do IBEF-ES.

Muito provavelmente um texto com um título falando sobre o melhor investimento do mundo vai chamar muito mais a atenção do que um título falando sobre a importância da educação financeira.

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Muitas pessoas são atraídas por soluções fáceis e pouco trabalhosas. No entanto, o mundo dos investimentos é vasto e repleto de possibilidades, mas uma coisa é certa: não existe o melhor investimento universal.

Melhor investimento do mundo: atenção ao perfil

Cada indivíduo possui um perfil diferente, com objetivos, expectativas e tolerância ao risco único.

O que pode ser adequado para uma pessoa pode ser desastroso para outra, especialmente quando se trata de lidar com riscos financeiros.

Assim, em vez de buscar um “investimento perfeito”, é fundamental entender o próprio perfil e alinhar as escolhas de investimento aos objetivos e horizonte de tempo de cada um.

Cuidado com os “especialistas” de internet

Muitos “especialistas” de internet prometem ensinar a ter altos retornos com baixo risco, o que é extremamente duvidoso.

Qualquer investimento que prometa rendimentos elevados sem riscos consideráveis deve ser visto com ceticismo.

A realidade dos mercados financeiros é que retorno e risco caminham juntos.

Em situações de maior potencial de ganho, geralmente há, também, uma maior exposição a perdas. Ignorar essa relação pode levar a decisões precipitadas, que acabam prejudicando os investidores que acreditam em promessas ilusórias.

Portanto, uma análise cautelosa e crítica é essencial antes de seguir recomendações superficiais.

Investimento atrelado à Selic é considerado de baixo risco

No Brasil, a taxa juros é frequentemente referida como a nossa taxa livre de risco. Isso ocorre porque o investimento atrelado a ela, como o Tesouro Selic, é considerado de baixo risco, já que está respaldado pelo governo federal.

No entanto, quando o objetivo é buscar rendimentos acima dessa taxa, é necessário aceitar maior risco.

Esse conceito é chamado de prêmio de risco, que é a compensação recebida por assumir riscos adicionais em busca de retornos superiores.

Em outras palavras, ao investir em ativos mais arriscados, como ações ou fundos imobiliários, o investidor espera ser recompensado com retornos maiores do que aqueles obtidos em aplicações mais seguras, como os tradicionais CDBs.

Diversificação é um dos princípios mais importantes

A diversificação é um dos princípios mais importantes para gerenciar riscos nos investimentos. Ela consiste em distribuir os recursos entre diferentes classes de ativos, de forma a reduzir a exposição a riscos específicos.

Se uma classe de ativos tem um desempenho ruim, outra pode compensar, minimizando as perdas totais.

Além de buscar retorno, a diversificação tem o papel de equilibrar a carteira, tornando-a mais resistente a variações do mercado.

Assim, o investidor aumenta suas chances de alcançar seus objetivos financeiros, ao mesmo tempo que reduz o impacto de eventuais oscilações negativas.

Portanto, não se pode afirmar que existe um “melhor investimento”, mas sim um portfólio que deve ser adequado ao perfil e aos objetivos de cada investidor.

Combinação diferente de tolerância ao risco

Cada pessoa tem uma combinação diferente de tolerância ao risco, horizonte de tempo e metas financeiras.

Um portfólio bem estruturado leva em consideração esses fatores para otimizar o retorno ajustado ao risco.

Por isso, contar com o apoio de um profissional qualificado é fundamental para montar uma carteira diversificada e alinhada às suas necessidades financeiras, ajudando a navegar com mais segurança pelo complexo mundo dos investimentos.

Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo