Ser mãe já é, por si só, um ato de alta performance. A rotina intensa, as múltiplas demandas para gerenciar e a pressão de estar presente para os filhos sem abrir mão dos próprios sonhos, fazem com que muitas mulheres desenvolvam habilidades que, quando bem direcionadas, são um diferencial no mercado de trabalho.
Mães de alta performance não são aquelas que fazem tudo sozinhas, mas sim as que criam estratégias para equilibrar suas vidas de forma inteligente.
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Elas sabem que a produtividade não está ligada ao excesso de trabalho, mas à clareza de prioridades, à construção de uma rede de apoio e à capacidade de tomar decisões assertivas.
O que define uma mãe de alta performance?
- 1. Gestão de Tempo e foco estratégico
Mães de alta performance entendem que tempo é o ativo mais valioso e, por isso, aprendem a priorizar. Elas usam técnicas como o método Eisenhower para diferenciar tarefas urgentes das realmente importantes, delegam responsabilidades e eliminam o que não agrega valor à sua rotina. - 2. Inteligência Emocional e eesiliência
Equilibrar carreira e maternidade exige um nível elevado de inteligência emocional. Essas mulheres aprendem a lidar com a culpa materna, evitam a autocobrança excessiva e desenvolvem a resiliência para enfrentar desafios sem perder o equilíbrio. - 3. Networking e posicionamento estratégico
Ao contrário do que muitos pensam, não é preciso escolher entre carreira e maternidade. Mães de alta performance investem em networking, fazem mentorias, participam de eventos e constróem uma marca pessoal forte, garantindo que sejam vistas e reconhecidas no mercado. - 4. Planejamento e execução
Elas não apenas sonham com crescimento profissional – elas planejam e executam. Com metas claras e ações bem definidas, conseguem avançar de forma estratégica, aproveitando oportunidades e criando possibilidades. - 5. Cuidado pessoal e saúde mental
Nenhuma mulher consegue performar em alto nível se estiver exausta. Por isso, mães de alta performance compreendem que cuidar de si mesmas é essencial. Elas buscam equilíbrio, tiram pausas estratégicas e priorizam a própria saúde mental e física.
Mãe e empreendedora
Também é comum que junto das mudanças da maternidade exista uma transição de carreira. Muitas mães decidem empreender para ter mais flexibilidade para acompanhar o crescimento dos filhos e também para construir o seu legado e negócio com um novo olhar.
Para trazer uma visão sobre o tema, convidei a Kamilla Matos, mentora do Acelera Mulheres, especialista em Planejamento Estratégico com expertise em aceleração de negócios e mãe.
1) Quais são os pontos mais importantes que uma mãe deve considerar ao planejar um negócio conciliando com a maternidade?
A maternidade muda completamente a forma como enxergamos o tempo e as prioridades. Quando uma mãe decide empreender, o planejamento precisa levar em conta a realidade do seu dia a dia, e não uma ideia idealizada de produtividade. É importante considerar:
Rotina e tempo disponível: Antes de definir o tipo de negócio, é importante entender a rotina e o tempo disponível para se dedicar à atividade empreendedora, tendo em vista que essa mulher já possui uma fatia importante do seu tempo comprometida com o trabalho doméstico.
Modelo de negócio compatível com a disponibilidade: É possível escolher um formato que se adapte à rotina, como produção sob encomenda, atendimento agendado e vendas online.
Custo inicial e riscos: Um erro comum é achar que precisa investir alto para começar. O ideal é testar a ideia antes, validando com clientes reais e reinvestindo o lucro aos poucos.
Rede de apoio: Dificilmente uma mãe empreenderá sem ajuda. Seja um companheiro, familiares, escolinha, ter suporte faz toda a diferença para conseguir equilibrar trabalho e maternidade.
Organização financeira: Desde o início, é fundamental separar o dinheiro do negócio do dinheiro da casa, garantindo que a empresa cresça sem comprometer o orçamento familiar.
2) É possível estruturar um negócio desde o início pensando em mais flexibilidade? Como?
Muitas mães se reencontram profissionalmente no empreendedorismo justamente por esse motivo. Elas buscam um trabalho que caiba em sua rotina em vez de uma rotina que se adapte ao seu trabalho.
Um negócio pode ser planejado desde o início para respeitar o tempo e as necessidades da empreendedora, em vez de ser mais uma fonte de sobrecarga.
Alguns pontos que devem ser considerados:
Escolha um modelo de trabalho que se encaixe na sua rotina: Negócios com produção sob demanda, serviços por agendamento ou vendas online permitem mais controle sobre o tempo.
Defina horários estratégicos: Em vez de tentar trabalhar o dia inteiro, estabeleça blocos de tempo produtivos (como durante a soneca das crianças, horário de escola, conciliando com a disponibilidade da rede de apoio, preferencialmente tenha horários pré-definidos para que a organização do tempo fique mais fácil).
Automatize e simplifique processos: Agendamentos online, respostas automáticas no WhatsApp e catálogos virtuais reduzem o tempo gasto com atendimento e organização.
Tenha clareza no que realmente gera resultado: Nem toda tarefa é essencial. Focar em ações que geram vendas e retorno financeiro permite trabalhar menos, mas com mais eficiência.
Aprenda a ajustar conforme sua fase de vida: O negócio pode mudar conforme os filhos crescem. A flexibilidade vem da capacidade de adaptar sua empresa à sua realidade e não o contrário.
3) Quais erros comuns você vê em mulheres que começam a empreender após a maternidade?
Empreender após a maternidade é um grande desafio. O tempo da mãe é diferente do tempo de alguém que não está em função de cuidar de outra pessoa.
A falácia de que “todos temos as mesmas 24h” não leva em consideração a realidade de uma mãe que neste mesmo tempo precisa cuidar do filho e de outras demandas.
A divisão inadequada dos papéis relacionados à parentalidade adiciona carga extra a esse contexto. Muitos erros acontecem não por falta de esforço, mas porque o modelo tradicional de negócio nem sempre considera a realidade das mães.
Os erros mais comuns são:
- Achar que precisa fazer tudo sozinha: Muitas mulheres tentam cuidar da casa, dos filhos e do negócio sem pedir ajuda. Seja pela falta real de rede de apoio ou pela crença de que precisa provar que dá conta. Delegar e dividir responsabilidades é essencial para evitar o esgotamento.
- Começar sem planejamento financeiro: Misturar o dinheiro do negócio com o dinheiro da casa faz com que muitas empreendedoras não saibam se estão realmente lucrando. Ter um controle financeiro desde o início faz toda a diferença.
- Escolher um negócio sem considerar a rotina: Algumas mães começam empreendimentos que exigem mais tempo do que elas realmente têm disponível. O ideal é escolher um modelo que respeite sua realidade.
- Não valorizar o próprio trabalho: Cobrar preços muito baixos por medo de perder clientes ou achar que só porque começou agora não pode cobrar bem. Todo negócio precisa ser lucrativo para ser sustentável.
- Esperar o momento perfeito para começar: Muitas mulheres adiam o início do negócio porque sentem que não estão prontas. Mas ninguém começa sabendo tudo, e o aprendizado vem com a prática. O mais importante é dar o primeiro passo.
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