A Rede D’or (RDOR3), maior rede integrada de cuidados em saúde no Brasil, estreou em Mato Grosso do Sul, seu 12º estado após adquirir participação acionária de 51% na Proncor, um provedor hospitalar de Campo Grande com 136 leitos.
A compra faz parte da estratégia de aquisições da rede, que realizou seu IPO em 2020 e fez novas ofertas subsequentes de ações (follow-on) ao longo do último ano para investir em sua expansão geográfica. Entenda a estratégia da Rede D’or e os possíveis próximos movimentos.
A entrada em um novo mercado, como vem sendo realizado nos últimos meses, trata-se de um movimento estratégico para a empresa, que pretende chegar ao fim do ano com 1,5 mil leitos a mais, já tendo executado a maior parte disso.
O preço de aquisição por leito da Proncor ficou em R$ 2,1 milhões, abaixo da expectativa inicial de preço por leito do BTG Patcual, que era de R$ 3,3 milhões. Além disso, o Ebitda da Proncor deve totalizar R$ 32,5 milhões no próximo ano com as sinergias geradas. Com isso, o EV/Ebitda, ou seja, o valor da empresa sobre os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, da nova aquisição é de 9x, abaixo do múltiplo atual da RDOR3 de 23x.
Basicamente, a Rede D’or adicionou ao seu portfólio três estados e 823 leitos desde seu IPO no final de 2020. Com isso, ela está bem próxima da orientação definida naquele momento, que era de adquirir mil camas por ano durante os próximos cinco anos. Além disso, desde aquele momento havia sido anunciado que seriam adquiridos 10 ativos e 1,5 mil leitos.
Ou seja, a Rede tem evoluído de forma além do esperado em sua agenda de aquisições. Mas o que justifica a estratégia? As operações de fusões e aquisições (M&A) tendem a gerar sinergias e trazem maior participação no mercado para as empresas envolvidas. Assim, com a estratégia de aquisições da Rede D’or, a ideia é se tornar cada vez maior e aumentar seus resultados.
Nesse sentido, o BTG Pactual definiu para a empresa um preço alvo de R$ 90, potencial de alta de 28,93%.
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