O Espírito Santo terá um novo boom de lançamentos de imóveis dentro do programa Minha Casa Minha Vida em 2025. Pelo menos é o que espera o empresariado ligado à construção civil capixaba. A previsão é de lançar pelo menos 3.306 unidades este ano. Ou seja, o maior número desde 2019, que registrou 4.029 unidades.
Os dados fazem parte da pesquisa “Previsão de Lançamentos Imobiliários da Região Metropolitana de Vitória”, divulgado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon ES). As respostas são de 20 incorporadoras, que representam 70% do mercado.
“O Minha Casa, Minha Vida é uma política governamental. Os subsídios que o programa ganha são suficientes para que os financiamentos não encareçam tanto com as altas taxas de juros. A Selic (taxa básica de juros da economia) aumentou para 14,25% e claro que isso tem reflexo nos financiamentos bancários. Nossa visão é de que 2025 vai por esse caminho”, disse o vice-presidente do Sinduscon ES, Leandro Lorenzon.
A pesquisa mostra ainda que 75% das empresas que participaram do levantamento afirmaram que pretendem aumentar a quantidade de lançamentos (entre populares e de maior valor) em relação ao ano passado. O número é considerado otimista, já que no ano passado, apenas 60% das empresas previam ter mais lançamentos do que no ano anterior.
A previsão do mercado de imóveis é de lançar, ao todo, quase 7 mil unidades em 2025. Desse total, 2.679 serão em Vila Velha e outras 2.535 na Serra. Vitória ficará com 1.444, Cariacica com 200 e Guarapari com 90. Esses números refletem, segundo o Sinduscon ES, a maior disponibilidade de áreas nos dois primeiros municípios além do desenvolvimento econômico e maior facilidade nos trâmites burocráticos.
Freios do mercado imobiliário
Os empresários também responderam o que, na opinião deles, trava o desenvolvimento imobiliário em cada um dos municípios. Na capital Vitória, o maior problema é a escassez de terrenos. Em seguida vêm o Plano Diretor Urbano muito restritivo e a instabilidade econômica do país.
Em Vila Velha, para os empresários, os maiores problemas são a situação econômica do país, a ineficiência e o excesso de burocracia dos cartórios de registro de imóveis, bem como a dificuldade para contratar mão de obra.
Na Serra, disseram que apenas optam por não investir na cidade. No entanto, também citam preocupação com a situação econômica do país e a falta de demanda por novos lançamentos.