Após registrar alta em dezembro, a taxa de inadimplência de aluguel no Brasil apresentou uma leve queda em janeiro de 2025, saindo de 3,46% no mês anterior para 3,44%, com variação de 0,02 ponto percentual. Apesar da pequena redução, o índice é o segundo maior dos últimos sete meses.
Regiões
A maior taxa registrada foi a da região Norte (6,77%), seguida por Nordeste (5,26%), Centro-Oeste (3,93%), Sudeste (3,07%) e Sul (2,77%).
Faixas
Nos imóveis residenciais, a maior taxa de inadimplência foi na faixa de aluguel acima de R$ 13 mil (5,80%), seguida pelos imóveis de até R$ 1 mil (5,34%), enquanto a menor foi de imóveis entre R$ 2 mil e R$ 3 mil (2,01%). Já em relação aos imóveis comerciais, a faixa de até R$ 1 mil trouxe o maior percentual (6,97%), e o menor foi entre R$ 1 mil a R$ 2 mil (3,92%).
Comparativo ano anterior
Analisando a taxa geral registrada em janeiro, na comparação com janeiro do ano anterior (3,56%), houve uma queda 0,12 ponto percentual.
Tipo de imóvel
A taxa de inadimplência de apartamentos caiu de 2,36%, em dezembro, para 2,33%, em janeiro; e a de casas, de 3,85% para 3,75%.
Os imóveis comerciais registraram 4,55% de inadimplência, 0,06 ponto percentual acima de dezembro de 2024, quando fechou em 4,49%.
Os dados são da Superlógica, plataforma de soluções tecnológicas e financeiras que é referência nos preços dos mercados condominial e imobiliário no setor.
Otimismo
Apesar da queda não ser acentuada e o índice se manter alto nos últimos meses, a percepção dos brasileiros é de otimismo, segundo pesquisa da Serasa em parceria com Opinion Box realizada no mês de janeiro. Segundo a pesquisa, 87% dos brasileiros acreditam que irão conseguir pagar as contas em dia este ano.
Cenário de risco
Manoel Gonçalves, da diretoria da Superlógica, avalia que é possível, mas alerta para o cenário de pressão inflacionária e juros altos. “A moradia é um item essencial, e, com controle financeiro, a tendência é de manter o pagamento em dia. Mas as projeções de aumento na inflação e nas taxas de juros precisam ser consideradas, pois devem manter o orçamento das famílias pressionado”, analisa.