Em 2018, cerca de 75% das indústrias fizeram investimentos. O número é menor do que as que afirmaram pretender investir no ano, cerca de 81%. Das que apostaram no investimento, pouco mais da metade não conseguiu realizar o planejado. Quatro em cada cinco empresas (80%) planejam investir em 2019.
Os números são parte de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados nesta sexta-feira (14). Segundo os dados, A dependência de recursos próprios, antigo entrave ao investimento, não se alterou em 2018. A participação desses recursos no total empregado no investimento manteve-se inalterado em 75%.
Por outro lado, a participação dos bancos oficiais de desenvolvimento caiu ao menor percentual da série histórica (7%), enquanto a participação de bancos comerciais privados trilhou o caminho inverso e alcançou participação recorde, 13%.
A expectativa para 2019 é de aumento no investimento das empresas industriais. Quatro em cada cinco empresas (80%) planejam investir – percentual praticamente idêntico ao do ano passado, mas superior à intenção de investir entre 2015 e 2017. Os principais objetivos do investimento previsto para 2019 são a melhoria do processo produtivo (36%) e o aumento da capacidade da linha atual (22%).
Das empresas que investiram em 2018, 56% afirmaram que os recursos foram destinados, principalmente, para a continuação de projetos anteriores; o restante (44%), foi aplicado em novos projetos. O percentual de empresas que priorizaram o investimento em novos projetos é um dos maiores da série, ficando abaixo apenas do registrado em 2012 (47%). Esse resultado é explicado pelo baixo investimento nos últimos anos, quando observamos a permanência de elevada capacidade ociosa na indústria.
Das empresas que tinham investimentos planejados para 2018, quase metade (49%) realizou seus investimentos tal como planejado. Esse percentual é 2 pontos percentuais superior ao observado em 2017 e é o maior desde 2012, quando o percentual alcançou 57%. Cabe ressaltar, contudo, que 84% das empresas investiram naquele ano, ante 75% em 2019.
